Incêndio em refinaria corta produção de diesel e gasolina
Produção foi parcialmente cortada, diz sindicato
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2014 às 14h20.
Rio de Janeiro - Um incêndio em uma refinaria da Petrobras , no fim de sábado, cortou parcialmente a produção de gasolina e diesel em uma das principais unidades de produção da estatal de petróleo, numa situação que pode aumentar importações de combustível, informou o sindicato da refinaria.
O fogo atingiu seis bombas que levam produtos à unidade de coqueamento na refinaria de Duque da Caxias (REDUC), forçando a parada da unidade de coqueamento até que os equipamentos pudessem ser consertados, afirmou Simão Zanardi, presidente do sindicato. Ele visitou a refinaria na manhã de domingo para inspecionar os danos. A REDUC processa cerca de 242 mil barris por dia.
Ninguém ficou ferido no incêndio, de acordo com a Petrobras e o sindicato, conhecido como Sindipetro Duque de Caxias. A própria unidade de coqueamento não foi danificada, segundo a Petrobras.
Autoridades da Petrobras não responderam imediatamente a telefonemas e e-mails com perguntas sobre o impacto do fogo na produção em REDUC, a quarta maior refinaria da Petrobras.
"Este é apenas mais um sinal de quanto a empresa está sob pressão", disse Zanardi. "As refinarias estão trabalhando a toda ou acima da capacidade, e a perda desta unidade, não importa por quão pouco tempo, vai significar em mais importações e menos lucro para a empresa." Ele acrescentou que lhe foi dito no domingo que as bombas poderiam ser restauradas em cerca de três dias, mas que ele achava que essa era uma projeção otimista. Ele também se preocupa que as bombas em questão possam ser colocadas de volta à operação de forma "apressada", sem backups adequados, comprometendo a segurança. Três das seis bombas atingidas eram unidades de back-up, disse ele.
Petrobras sob pressão
A demanda por combustíveis de veículos vem crescendo mais rápido do que a economia do Brasil. Isto fez com que as 13 refinarias brasileiras da Petrobras fossem incapazes de atender a demanda doméstica por gasolina e diesel. Para compensar o déficit, a empresa, única de refino do Brasil, precisa importar.
O governo do Brasil, no entanto, não permite que a Petrobras cobre preços mundiais de gasolina e diesel, o que significa que cada barril de combustível importado é vendido com uma perda. O negócio de refino e abastecimento da unidade da empresa perdeu mais de 30 bilhões de reais nos últimos dois anos, como resultado.
O incêndio também levanta questões sobre a capacidade da Petrobras de continuar operando suas refinarias existentes com segurança.
Houve pelo menos quatro acidentes notáveis nas refinarias da Petrobras no último mês e meio, de acordo com fontes sindicais e da indústria de combustíveis. Dois desses acidentes foram na REDUC, embora o incêndio de sábado seja o primeiro a afetar a produção de combustíveis.
ACIDENTES ANTERIORES Um incêndio em novembro na refinaria REPAR cortou 200 mil barris por dia de capacidade de refino por quase um mês e levou à compra de emergência de cargas de combustível em todo o mundo. Outro incêndio em uma refinaria em manutenção em Manaus feriu gravemente dois trabalhadores.
Zanardi diz que o sindicato se queixou à Petrobras e representantes do governo sobre a operação da refinaria acima de sua capacidade projetada e adiamento da manutenção necessária para atender às demandas do governo.
"Felizmente ninguém ficou ferido", disse ele . "Mas nós estamos vendo mais e mais esse tipo de coisa e nós no sindicato não achamos que é seguro. Se eles não fizerem algo, pode haver mais acidentes."
Rio de Janeiro - Um incêndio em uma refinaria da Petrobras , no fim de sábado, cortou parcialmente a produção de gasolina e diesel em uma das principais unidades de produção da estatal de petróleo, numa situação que pode aumentar importações de combustível, informou o sindicato da refinaria.
O fogo atingiu seis bombas que levam produtos à unidade de coqueamento na refinaria de Duque da Caxias (REDUC), forçando a parada da unidade de coqueamento até que os equipamentos pudessem ser consertados, afirmou Simão Zanardi, presidente do sindicato. Ele visitou a refinaria na manhã de domingo para inspecionar os danos. A REDUC processa cerca de 242 mil barris por dia.
Ninguém ficou ferido no incêndio, de acordo com a Petrobras e o sindicato, conhecido como Sindipetro Duque de Caxias. A própria unidade de coqueamento não foi danificada, segundo a Petrobras.
Autoridades da Petrobras não responderam imediatamente a telefonemas e e-mails com perguntas sobre o impacto do fogo na produção em REDUC, a quarta maior refinaria da Petrobras.
"Este é apenas mais um sinal de quanto a empresa está sob pressão", disse Zanardi. "As refinarias estão trabalhando a toda ou acima da capacidade, e a perda desta unidade, não importa por quão pouco tempo, vai significar em mais importações e menos lucro para a empresa." Ele acrescentou que lhe foi dito no domingo que as bombas poderiam ser restauradas em cerca de três dias, mas que ele achava que essa era uma projeção otimista. Ele também se preocupa que as bombas em questão possam ser colocadas de volta à operação de forma "apressada", sem backups adequados, comprometendo a segurança. Três das seis bombas atingidas eram unidades de back-up, disse ele.
Petrobras sob pressão
A demanda por combustíveis de veículos vem crescendo mais rápido do que a economia do Brasil. Isto fez com que as 13 refinarias brasileiras da Petrobras fossem incapazes de atender a demanda doméstica por gasolina e diesel. Para compensar o déficit, a empresa, única de refino do Brasil, precisa importar.
O governo do Brasil, no entanto, não permite que a Petrobras cobre preços mundiais de gasolina e diesel, o que significa que cada barril de combustível importado é vendido com uma perda. O negócio de refino e abastecimento da unidade da empresa perdeu mais de 30 bilhões de reais nos últimos dois anos, como resultado.
O incêndio também levanta questões sobre a capacidade da Petrobras de continuar operando suas refinarias existentes com segurança.
Houve pelo menos quatro acidentes notáveis nas refinarias da Petrobras no último mês e meio, de acordo com fontes sindicais e da indústria de combustíveis. Dois desses acidentes foram na REDUC, embora o incêndio de sábado seja o primeiro a afetar a produção de combustíveis.
ACIDENTES ANTERIORES Um incêndio em novembro na refinaria REPAR cortou 200 mil barris por dia de capacidade de refino por quase um mês e levou à compra de emergência de cargas de combustível em todo o mundo. Outro incêndio em uma refinaria em manutenção em Manaus feriu gravemente dois trabalhadores.
Zanardi diz que o sindicato se queixou à Petrobras e representantes do governo sobre a operação da refinaria acima de sua capacidade projetada e adiamento da manutenção necessária para atender às demandas do governo.
"Felizmente ninguém ficou ferido", disse ele . "Mas nós estamos vendo mais e mais esse tipo de coisa e nós no sindicato não achamos que é seguro. Se eles não fizerem algo, pode haver mais acidentes."