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Impasses agrícolas prolongam, no México, discussões em torno da Alca

Parece se confirmar a suspeita de um impasse ser o resultado da reunião do Comitê de Negociações Comerciais (CNC) da Alca. Depois de cinco dias reunidos em Puebla (México), os 34 representantes dos países que discutem a Área de Livre Comércio das Américas não chegaram a um consenso a respeito de questões técnicas. O encontro, […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h17.

Parece se confirmar a suspeita de um impasse ser o resultado da reunião do Comitê de Negociações Comerciais (CNC) da Alca. Depois de cinco dias reunidos em Puebla (México), os 34 representantes dos países que discutem a Área de Livre Comércio das Américas não chegaram a um consenso a respeito de questões técnicas. O encontro, que deveria ter sido encerrado na tarde desta sexta-feira (6/2), deve continuar pela madrugada. Se não houver uma decisão sobre o texto final e os procedimentos de discussão para 2004, os grupos negociadores da Alca ficarão sem instruções para trabalhar na concretização do bloco até 2005.

A questão agrícola é a grande fonte de desentendimento entre os países que apóiam a Alca light, como os membros do Mercosul, e o G-14, bloco liderado pelos Estados Unidos, que agrega México, Canadá e outros 11 países. Enquanto o Brasil briga pela liberalização total dos produtos agrícolas, o G-14 se nega a aceitar a proposta.

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O co-presidente de negociações do Brasil, embaixador Adhemar Bahadian, vinha insistindo até ontem que, caso não se faça um esforço para solucionar o problema agrícola, não haverá nenhuma hipótese de acordo sobre as regras básicas da Alca. Em princípio, o setor agrícola será contemplado sem mais discussões, mas não se sabe qual será a abrangência.

Outro ponto de impasse é a abertura comercial, um dos principais objetivos do Brasil, que pretende dar acesso aos produtos brasileiros especialmente no mercado americano. Nessa questão o Brasil já conseguiu uma vantagem: a retirada do texto do documento final da expressão "substancialmente" no que se refere à abertura de mercados. O Brasil quer que fique claro o acesso total ao mercado. Os Estados Unidos preferiam o termo "substancial" no documento.

Os países do Mercosul tentam restringir a abertura no setor de serviços e em áreas como a de compras governamentais, posição contrária à defendida pelos Estados Unidos. Os americanos defendem avanços no setor de serviços, em que têm maior interesse, e desejam manter os atuais subsídios e barreiras para o setor agrícola.

Os Estados Unidos defendem ainda que todos os produtos tarifados sejam submetidos à negociação. Os integrantes do Mercosul são favoráveis a que todos os produtos, sem exceção, sofram eliminação tarifária. Para aliviar as tensões e evitar que o Mercosul fique isolado por divergir dos Estados Unidos e do G-14, alguns países do lado americano, como o Chile, vêm sugerindo a eliminação geral das tarifas no setor agrícola e de acesso a mercados.

Com informações da Agência Brasil

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