Economia

Impacto da alta das commodities sobre a inflação será pequeno

Para o ABN Amro Real, recentes aumentos dos preços internacionais não terá o mesmo peso sobre a economia brasileira

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h53.

O recente ciclo de aumento dos preços internacionais de commodities - como o liderado pela Companhia Vale do Rio Doce, que anunciou recentes reajustes de cerca de 20% para o minério de ferro - terá um impacto limitado sobre a economia brasileira, de acordo com relatório do departamento de Economia do ABN Amro Real.

Segundo o banco, o efeito do encarecimento das commodities será sentido diretamente - por meio do aumento dos preços no atacado - e indiretamente, por meio das pressões da economia internacional. No ambiente externo, a desaceleração dos Estados Unidos deverá conter a margem de repasse dos reajustes para os preços finais, o que significa menor pressão inflacionária. Com isso, o risco de maior aperto da política monetária americana fica reduzido.

Já no mercado interno, o ABN Amro Real destaca vários fatores que podem atenuar o repasse de preços, como o menor espaço para reajustes ao consumidor final; a apreciação do real, que deve minimizar o repasse de preços da indústria; e o menor nível de utilização da capacidade instalada, que limita a recuperação de margens.

"Neste sentido, apesar do risco de que os preços das commodities sigam ascendentes, não consideramos uma repetição do resultado de 2004, quando o Banco Central começou a apertar a política monetária", afirma o relatório. "Adicionalmente, acreditamos que estas condições não deverão interromper o afrouxamento monetário, com a Selic recuando para 14% até o final do ano", completa o banco.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

G20 se compromete a 'cooperar' para taxar grandes fortunas

Olimpíada de 2024 pode movimentar até 11 bilhões de euros, diz estudo

Aneel aciona bandeira verde e conta de luz deixará de ter cobrança extra em agosto

Governo prevê espaço extra de R$ 54,9 bi para gastos em 2025

Mais na Exame