Economia

IGP-10 sofre ligeira alta e fecha em 1,24% em maio

O Índice Geral de Preços 10 (IGP-10) registrou ligeira aceleração e encerrou maio em 1,24%, ante 1,20% de abril. Apurado pela Fundação Getúlio Vargas, o indicador foi puxado pela alta dos preços do varejo e do atacado. A parcela do índice relativa à construção civil apresentou desaceleração no período. No acumulado do ano, o IGP-10 […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h07.

O Índice Geral de Preços 10 (IGP-10) registrou ligeira aceleração e encerrou maio em 1,24%, ante 1,20% de abril. Apurado pela Fundação Getúlio Vargas, o indicador foi puxado pela alta dos preços do varejo e do atacado. A parcela do índice relativa à construção civil apresentou desaceleração no período. No acumulado do ano, o IGP-10 subiu 5,13% e, nos últimos 12 meses encerrados em maio, 6,75%.

O IGP é formado por três componentes: o Índice de Preços por Atacado (IPA), com peso de 60% no cálculo; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com 30%; e o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), com 10%. O IGP-10 foi apurado entre 11 de abril e 10 de maio.

O IPA apontou alta de 1,62% no período, ante 1,55% em abril. Segundo o coordenador de análises econômicos da FGV, Salomão Quadros, os preços industriais foram os principais responsáveis pelo aumento. Aço e derivados da siderurgia, máquinas e equipamentos agrícolas e medicamentos foram alguns dos itens que encareceram o atacado.

Já o IPC fechou em 0,44%, ante 0,36% em abril. Os preços administrados pelo governo, como o da energia, pesaram no desempenho. Mas o indicador também foi influenciado pelo reajuste no segmento de vestuário. O reajuste dos medicamentos no atacado também começou a ser repassado para os consumidores. "O varejo de remédios já absorveu quase todo o aumento do atacado", afirmou Quadros.

Segundo o economista, a alta do IPC só não foi maior porque os alimentos desaceleraram e devem permanecer nesta tendência por mais algumas semanas. "Em maio, os alimentos subiram 0,40%, contra 0,58% em abril", disse.

Quadros amenizou ainda a freada do INCC, já que a parcela referente a reajustes de materiais de construção permaneceu praticamente estável no período. Em abril, a alta dos materiais foi de 1,32% e, em maio, de 1,33%. Conforme Quadros, o INCC caiu porque não houve dissídios salariais no período, o que evitou maiores pressões sobre o índice.

"No geral, o IGP-10 apresentou um movimento discreto de alta que deve permancer nas próximas semanas", afirma Quadros. Os reajustes devem ser sentidos, segundo ele, ainda na divulgação do IGP-M, na próxima semana, e do IGP-DI, na semana seguinte.

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