IBGE: Taxa de fecundidade diminuiu 20,1% na última década
O número de filhos por mulher no Brasil vem caindo gradualmente desde a década de 1960
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2012 às 16h58.
Rio de Janeiro - A taxa de fecundidade no Brasil caiu para menos de dois filhos por mulher em 2010, abaixo do nível natural de reposição da população, de acordo com o Censo Demográfico 2010, que confirmou também que as brasileiras esperam agora um pouco mais antes de serem mães.
Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de fecundidade registrou uma queda de 20,1% na última década, ao passar de 2,38 filhos por mulher em 2000 para 1,9 em 2010.
O número de filhos por mulher no Brasil vem caindo gradualmente desde a década de 1960, quando o governo começou a divulgar métodos anticoncepcionais e as mulheres passaram a engrossar a força de trabalho.
A taxa caiu de 6,3 filhos por mulher em 1960 para 5,8 em 1970, 4,4 em 1980 e 2,9 em 1990. De acordo com o organismo, a taxa de 2010 está abaixo do nível que garante a substituição natural das gerações.
O Censo mostrou também que as mulheres brasileiras estão esperando um pouco mais para ter filhos, já que, apesar do aumento do número de adolescentes grávidas, a idade média de fecundidade passou de 26,3 anos em 2000 para 26,8 anos em 2010.
Segundo o IBGE, que constatou uma redução no número de adolescentes grávidas por falta de informação sobre métodos anticoncepcionais, até o ano 2000 era esperado um aumento da concentração de fecundidade nos grupos de entre 15 e 24 anos, mas na última década essa tendência perdeu força.
De acordo com o Censo, as mulheres de entre 15 e 19 anos tiveram uma participação de 17,7% na fecundidade das brasileiras em 2010, contra 18,8% dez anos antes. A participação das mulheres de entre 20 e 24 anos na fecundidade caiu 29,3% em 2000 para 27% em 2010.
"Apesar desse último grupo ainda responder pela maior percentagem da fecundidade nacional, o padrão em 2010 está mais dilatado, com aumento da participação na faixa acima de 30 anos", segundo o comunicado do IBGE.
O Censo revelou ainda que a mortalidade infantil caiu 47,6% na última década e passou de 29,7 mortes para cada mil crianças de menos de um ano nascidos vivos em 2000 para 15,6 em 2010.
Segundo o IBGE, o Brasil já alcançou níveis aceitáveis de mortalidade infantil, mas ainda está longe de igualar as taxas do Japão e de países europeus, onde o índice é de cinco mortes por cada mil nascidos vivos.
Outros dados recolhidos pelo Censo mostram que 23,9% dos brasileiros disseram ter algum tipo de deficiência física, em sua maioria visual (18,8%), motora (7%), auditiva (5,1%) e mental (1%) - o que significa que em 2010 havia 45,6 milhões de deficientes no país.
As estatísticas igualmente revelaram uma melhoria nos índices de educação: a percentagem de brasileiros com formação universitária saltou de 4,4% em 2000 para 7,9% em 2010; o de crianças com menos de 14 anos fora da escola caiu de 5,5% para 3,3%, e o de pessoas com mais de dez anos sem educação primária completa caiu de 65,1% para 50,2%.
Rio de Janeiro - A taxa de fecundidade no Brasil caiu para menos de dois filhos por mulher em 2010, abaixo do nível natural de reposição da população, de acordo com o Censo Demográfico 2010, que confirmou também que as brasileiras esperam agora um pouco mais antes de serem mães.
Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de fecundidade registrou uma queda de 20,1% na última década, ao passar de 2,38 filhos por mulher em 2000 para 1,9 em 2010.
O número de filhos por mulher no Brasil vem caindo gradualmente desde a década de 1960, quando o governo começou a divulgar métodos anticoncepcionais e as mulheres passaram a engrossar a força de trabalho.
A taxa caiu de 6,3 filhos por mulher em 1960 para 5,8 em 1970, 4,4 em 1980 e 2,9 em 1990. De acordo com o organismo, a taxa de 2010 está abaixo do nível que garante a substituição natural das gerações.
O Censo mostrou também que as mulheres brasileiras estão esperando um pouco mais para ter filhos, já que, apesar do aumento do número de adolescentes grávidas, a idade média de fecundidade passou de 26,3 anos em 2000 para 26,8 anos em 2010.
Segundo o IBGE, que constatou uma redução no número de adolescentes grávidas por falta de informação sobre métodos anticoncepcionais, até o ano 2000 era esperado um aumento da concentração de fecundidade nos grupos de entre 15 e 24 anos, mas na última década essa tendência perdeu força.
De acordo com o Censo, as mulheres de entre 15 e 19 anos tiveram uma participação de 17,7% na fecundidade das brasileiras em 2010, contra 18,8% dez anos antes. A participação das mulheres de entre 20 e 24 anos na fecundidade caiu 29,3% em 2000 para 27% em 2010.
"Apesar desse último grupo ainda responder pela maior percentagem da fecundidade nacional, o padrão em 2010 está mais dilatado, com aumento da participação na faixa acima de 30 anos", segundo o comunicado do IBGE.
O Censo revelou ainda que a mortalidade infantil caiu 47,6% na última década e passou de 29,7 mortes para cada mil crianças de menos de um ano nascidos vivos em 2000 para 15,6 em 2010.
Segundo o IBGE, o Brasil já alcançou níveis aceitáveis de mortalidade infantil, mas ainda está longe de igualar as taxas do Japão e de países europeus, onde o índice é de cinco mortes por cada mil nascidos vivos.
Outros dados recolhidos pelo Censo mostram que 23,9% dos brasileiros disseram ter algum tipo de deficiência física, em sua maioria visual (18,8%), motora (7%), auditiva (5,1%) e mental (1%) - o que significa que em 2010 havia 45,6 milhões de deficientes no país.
As estatísticas igualmente revelaram uma melhoria nos índices de educação: a percentagem de brasileiros com formação universitária saltou de 4,4% em 2000 para 7,9% em 2010; o de crianças com menos de 14 anos fora da escola caiu de 5,5% para 3,3%, e o de pessoas com mais de dez anos sem educação primária completa caiu de 65,1% para 50,2%.