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Ibama diz que demissões não vão acelerar licença de Belo Monte

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Em meio à pressão do governo para acelerar a concessão da licença prévia ambiental da usina hidrelétrica de Belo Monte, dois executivos do Ibama foram substituídos esta semana, confirmou o órgão nesta quarta-feira. Segundo a assessoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, a saída dos […]

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2009 às 11h17.

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Em meio à pressão do governo para acelerar a concessão da licença prévia ambiental da usina hidrelétrica de Belo Monte, dois executivos do Ibama foram substituídos esta semana, confirmou o órgão nesta quarta-feira.

Segundo a assessoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, a saída dos dois executivos --o diretor de licenciamento, Sebastião Custódio Pires e o coordenador de infraestrutura de energia elétrica, Leozildo Tabajara da Silva Benjamim-- "foi por motivo administrativo".

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O diretor será substituído pelo superintendente do Ibama em Mato Grosso, o geólogo Pedro Alberto Bignelli, nomeado no início do ano para o cargo pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, segundo informação do Ibama.

"Isto não quer dizer que a licença de Belo Monte agora vai sair por causa disso, não existe nenhuma orientação nesse sentido", garantiu a assessora do Ibama. "Vamos continuar analisando a licença e não há previsão de quando fica pronta", complementou a assessora.

Se a licença não for concedida em dezembro a obra poderá ser adiada em um ano, devido ao fechamento da chamada "janela hidrológica" que antecede o início do período de chuvas.

O leilão de Belo Monte havia sido marcado para 21 de dezembro, mas sem a licença prévia o governo decidiu adiar para o ano que vem, temendo a fuga de investidores interessados na obra.

Desde que foi anunciada, a construção da usina de Belo Monte --projeto idealizado há mais de 20 anos em pleno rio Xingu, no Pará, com capacidade de 11 mil megawatts, atrás apenas da usina de Itaipu (14 mil MW)-- vem sendo alvo de protestos de ambientalistas e índios.

O governo, no entanto, considera a obra fundamental para garantir o crescimento econômico do país com segurança energética e vem pressionando o Ibama para conceder a licença.

(Por Denise Luna)

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