Economia

Histeria do mercado encobre crescimento menor, diz Lloyds TSB

O avanço de Lula (PT) nas pesquisas eleitorais ainda coloca em crise o mercado financeiro local. Na avaliação do Lloyds TSB, não há motivo para pessimismo. "Mas o fato é que o mercado dá um peso enorme a essa variável para justificar a alta do risco-país, medido pelo EMBI, para 973 pontos; a alta de […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h55.

O avanço de Lula (PT) nas pesquisas eleitorais ainda coloca em crise o mercado financeiro local. Na avaliação do Lloyds TSB, não há motivo para pessimismo. "Mas o fato é que o mercado dá um peso enorme a essa variável para justificar a alta do risco-país, medido pelo EMBI, para 973 pontos; a alta de 8,10% do dólar frente ao real (R$ 2,5210) no ano; e a queda de 11,60% do Ibovespa em 2002, até segunda-feira", afirma o banco em seu relatório.

O pior efeito dessa histeria, na opinião do banco, é que ela encobre a evolução dos números macroeconômicos, que têm ficado abaixo do esperado _já que os termos de comparação ainda têm sido com o primeiro semestre de 2001. "Correta ou exageradamente, o mercado está mais atento ao ambiente político do que ao econômico", afirma o Lloyds. O único problema, na visão do banco, é que essa ansiedade começou muito antes do imaginado.

É bem provável que o governo sinalize uma tranqüilidade ao mercado após os pronunciamentos desta segunda-feira (13/05) de Armínio Fraga, presidente do Banco Central. Em tempos de turbulência no mercado, Fraga disse que o trabalho do BC "não era de aparecer com nenhuma surpresa" e sim de continuar a dirigir as políticas da dívida pública, juros e monetária.

Fraga disse também que o Banco Central não tinha planos de fazer vendas emergenciais de dólares indexados para valorizar o real, embora isso não esteja descartado dos rumos da política, "caso seja necessário".

Ele reiterou que os juros podem cair caso a inflação continue caindo depois da pressão causada pela alta nos preços internacionais do petróleo.

Fraga defendeu sua política de metas inflacionárias, que foi criticada pelos candidatos que acreditam que a taxa de juros é mantida muito alta minando o crescimento. "A inflação ao meu ver é simples. Assumo o compromisso de manter a inflação baixa. Como fazer isso? É uma decisão de cada um", afirmou. "Mas hoje o mundo parece caminhar para a transparência e a meta é isso."

Nesta terça-feira, a Câmara deve votar a medida provisória que eleva o salário-mínimo para R$ 200, em 1o, além de outras MPs que bloqueiam o andamento da pauta do Senado.

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