Economia

Hamilton do BC vê atividade condicionada à confiança

A expectativa da autoridade monetária é de expansão moderada do crédito, em especial, do crédito para consumo, e uma moderação de ganhos salariais


	Compras: Hamilton observou que, com inflação elevada, a tendência é de menos emprego e menos consumo
 (Rod Lamkey/AFP)

Compras: Hamilton observou que, com inflação elevada, a tendência é de menos emprego e menos consumo (Rod Lamkey/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2013 às 16h33.

Belém - O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton, afirmou que é plausível que a inflação mensal, a partir de agora, tenda a ser maior até o fim do ano.

Na apresentação do Boletim Regional, divulgado mais cedo nesta segunda-feira, Hamilton avaliou que a trajetória mensal em 2013 será em "V", com o melhor momento em julho. "A inflação mensal tende a ser maior depois do melhor momento em julho."

Para o BC, o ritmo de atividade está condicionado à recuperação da confiança. A expectativa da autoridade monetária é de expansão moderada do crédito, em especial, do crédito para consumo, e uma moderação de ganhos salariais.

Hamilton observou que, com inflação elevada, a tendência é de menos emprego e menos consumo. "Sem inflação baixa, é impossível ter crescimento prolongado", disse o diretor do BC. Segundo ele, a política fiscal e parafiscal são expansionistas.

O diretor declarou ainda que a fonte de volatilidade no mercado é o "início do processo do Fed" (Federal Reserve, o banco central norte-americano). As expectativas do mercado em relação ao FED giram em torno de quando será feita a primeira elevação de juros e sobre o cronograma para o fim das compras de bônus.

Ele ressaltou que o déficit de transações correntes é financiado essencialmente por Investimento Estrangeiro Direto (IED). O déficit em conta corrente, segundo ele, mostra que parte do investimento é financiado com poupança externa.

O diretor também comentou que o crédito continua sendo um suporte para o crescimento do consumo. Segundo ele, o consumo do governo supera os 20% do Produto Interno Bruto (PIB) e tem crescido.

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