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Guedes: Segundo maior gasto das contas públicas é com os juros da dívida

Para ministro, a prioridade do governo federal é privatizar empresas estatais e vender ativos como imóveis, para abater dívida e reduzir despesas

Guedes: "Vamos atacar as prioridades. A primeira delas é a Previdência. O segundo maior gasto são os juros da dívida" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de março de 2019 às 14h41.

Rio - O ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou nesta sexta-feira, 15, a prioridade do governo federal em privatizar empresas estatais e vender ativos como imóveis, para abater a dívida pública e reduzir despesas com o segundo maior gasto das contas públicas, aqueles referentes aos juros.

"Vamos atacar as prioridades. A primeira delas é a Previdência. O segundo maior gasto são os juros da dívida", afirmou Guedes, ao descrever seu trabalho em palestra durante o seminário "A Nova Economia Liberal", na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

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Para tirar as privatizações do papel, Guedes lembrou que nomeou Salim Mattar como secretário especial. "Eu trouxe o Salim Mattar, com apetite enorme, doido pra privatizar o máximo o possível, doido pra passar a faca", afirmou Guedes.

Segundo o ministro, os ativos da União, incluindo as principais empresas estatais, inclusive as não listadas em Bolsa, e somando os imóveis, poderiam render R$ 1,2 trilhão para os cofres públicos."No final vai a (privatização da) Petrobras também, vai o Banco do Brasil, tem que ir tudo", afirmou.

Guedes voltou a defender a descentralização de recursos tributários.

Segundo o ministro, os recursos estão muito concentrados no topo. Isso levaria a ineficiências e corrupção.

"Se o presidente é Corinthians, surge estádio do Corinthians. E o Corinthians começa a ganhar", afirmou Guedes, em tom de brincadeira e sob risos da plateia.

O ministro citou ainda as despesas com a máquina do Estado como o terceiro grande componente do gasto público. A ideia é cortar gastos. Guedes lembrou do fechamento de 21 mil cargos comissionados. Disse ainda que, de 40% a 50% dos servidores federais vão se aposentar nos próximos. Segundo o ministro, o plano não é contratar para repô-los, mas sim digitalizar o governo.

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