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Guardia: Governo avalia que tabela do frete talvez não seja melhor opção

Na quinta, o governo decidiu revogar uma nova tabela de fretes que havia sido editada poucas horas antes. Tabelamento foi criticado por integrantes do Cade

Eduardo Guardia: "O compromisso com a meta fiscal é inabalável" (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de junho de 2018 às 15h20.

Brasília - O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia , disse nesta sexta-feira, 8, em entrevista à Rádio Bandeirantes, que o governo está chegando à conclusão de que a tabela de preços mínimos para fretes não é a melhor solução para o setor e para a sociedade.

Guardia, que participou do Programa do Datena, disse que a tabela foi editada em um momento de crise e agora está sendo rediscutida. "Está se chegando à conclusão de que tabela talvez não seja a melhor opção", afirmou.

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Na quinta, o governo decidiu revogar uma nova tabela de fretes que havia sido editada poucas horas antes. O tabelamento foi criticado por integrantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica ( Cade ).

Na entrevista, o ministro foi questionado se foi voto vencido na decisão sobre reduzir impostos para o diesel e se teve que voltar atrás quando disse que poderia haver aumento de impostos para compensação.

Guardia disse que não havia anunciado alta de impostos, mas sim dito que essa era uma das alternativas previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), mas que a decisão do governo foi reduzir benefícios fiscais para compensar a queda de impostos.

"Não fui voto vencido. O governo fez o que tínhamos que fazer naquele momento. A greve foi séria, a economia estava paralisada, precisávamos de solução", afirmou.

Apesar do corte de despesas em áreas como saúde e educação e da redução de benefícios para exportadores, o ministro disse que a população não vai arcar com a redução dos tributos sobre o diesel . "Sempre existe uma conta a ser paga em redução de preços, a pergunta é quem vai pagar", acrescentou.

Guardia disse ainda que o impacto da redução dos impostos já foi acomodado no Orçamento e que não comprometerá a meta fiscal deste ano. "O compromisso com a meta fiscal é inabalável", afirmou.

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