Economia

Gregos dividem-se sobre plano fiscal; Sarkozy promete ajuda

  ATENAS - Os gregos estão divididos igualmente em relação às medidas de austeridade cada vez mais duras do governo, mostrou uma pesquisa neste sábado, um dia após milhares de cidadãos protestarem em Atenas contra medidas para conter o inchado déficit orçamentário do país. Levantamento publicado no jornal To Vima mostrou que 46,6 por cento […]

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2010 às 11h58.

 

ATENAS - Os gregos estão divididos igualmente em relação às medidas de austeridade cada vez mais duras do governo, mostrou uma pesquisa neste sábado, um dia após milhares de cidadãos protestarem em Atenas contra medidas para conter o inchado déficit orçamentário do país.

Levantamento publicado no jornal To Vima mostrou que 46,6 por cento dos 1.044 entrevistados apoia as medidas fiscais, que incluem 4,8 bilhões de euros em novas poupanças e aumento de impostos, enquanto que 47,9 por cento reprovaram o pacote.

A pesquisa sugere que o governo não deve esperar um caminho fácil para a consolidação das medidas, mas os protestos tem sido muito menores do que os realizados em dezembro de 2008. A polícia estima que cerca de 12 mil pessoas participaram das marchas na sexta-feira, em Atenas, o que é considerado pouco para a população de 3 milhões da capital.

O levantamento divulgado neste sábado ocorre após líderes europeus expressarem na sexta-feira que as novas medidas seriam suficientes para tirar o país da crise fiscal que tem sacudido as 16 nações do euro e que uma ajuda financeira seria desnecessária.

O primeiro-ministro grego, George Papandreou, recebeu apoio político, mas nenhuma promessa de qualquer ajuda financeira na conversas com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o presidente do Eurogroup, Jean-Claude Juncker, em Luxemburgo.

Mas o presidente francês, Nicolas Sarkozy, fez comentários claros neste sábado de que a França está pronta para ajudar Atenas, se a sua situação financeira deteriorar-se à frente.

Papandreou é esperado em Paris no domingo para encontrar Sarkozy como parte de um tour para buscar apoio para seu país, cuja dívida atingiu cerca de 300 bilhões de euros, bem acima da sua produção econômica anual.

"Se nós criamos o euro, não podemos deixar cair um país que está na zona do euro. Caso contrário, não havia nenhum motivo para a criação do euro", disse Sarkozy, em uma reunião com os agricultores. "O euro não tem nenhum sentido se não houver solidariedade."

 

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