Economia

Grécia corre contra o tempo e busca aprovação de pacote

Atenas tem debatido nas últimas semanas sobre cortes no valor de 12 bilhões de euros que os credores UE e FMI se recusaram a aprovar

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 10h33.

Atenas - A Grécia realizou nesta terça-feira uma nova rodada de negociações com credores internacionais para estreitar as diferenças sobre os 2 bilhões de euros em contestados cortes de austeridade, com o tempo acabando para chegar a um acordo antes de uma importante reunião de ministros da zona do euro na semana que vem.

Atenas tem debatido nas últimas semanas sobre cortes no valor de 12 bilhões de euros que os credores União Europeia (UE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) recusaram-se a aprovar devido a temores de que algumas das propostas são improváveis de se materializar.

Pelo segundo dia seguido, inspetores da troika --grupo de credores formado pela Comissão Europeia, FMI e Banco Central Europeu (BCE)-- tiveram que enfrentar manifestações de gregos ao entrarem no prédio do Ministério para iniciar as discussões.

No Ministério do Trabalho nesta terça-feira, dezenas de gregos deficientes e seus cuidadores bloquearam a entrada principal, entoando: "Nós não vamos deixar passar", em protesto aos cortes. Um dos manifestantes segurava um cartaz dizendo: "Eles entregaram 200 bilhões aos banqueiros, mas cortaram remédios, tratamento e benefícios para os deficientes." Os protestos acontecem um dia após a Grécia revelar um orçamento de austeridade que prevê o sexto ano de recessão em 2013, mas não convenceu a troika, que tem se mostrado cética sobre os planos de Atenas de cortes de gastos em saúde e defesa.

"A troika está questionando a eficácia das medidas relacionadas a reformas estruturais", afirmou uma autoridade do governo, citando planos de cortes com a reestruturação de entidades de saúde e outros ministérios.

A autoridade expressou otimismo de que o acordo com a troika pode ser feito até o final da semana, mas uma segunda fonte do governo mostrou dúvidas quanto a isso, dizendo que tal resultado parecia "difícil".

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaCrise gregaCrises em empresasDívida públicaEuropaFMIGréciaPiigsUnião Europeia

Mais de Economia

‘Problema dos gastos no Brasil não é ter os pobres no Orçamento’, diz Simone Tebet

Plano Real, 30 anos: Gustavo Loyola e as reformas necessárias para o Brasil crescer

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Mais na Exame