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Grécia acredita em acordo amplo, mas mantém exigências

Porta-voz grego evitou se aprofundar nos detalhes da negociação, retomada hoje no denominado Grupo de Bruxelas

Bandeira da Grécia: objetivo do governo é conseguir um acordo que inclua as reformas da chamada lista Varoufakis (stock.XCHNG)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2015 às 12h11.

Atenas - O governo grego está "otimista" em chegar a um acordo amplo com seus credores sobre os assuntos em que há consenso ao longo deste mês, deixando para depois os pontos conflituosos.

O porta-voz do governo, Gavriil Sakellaridis, afirmou nesta segunda-feira que o Executivo é otimista porque "as negociações estão em um ponto no qual há ajustes em vários temas".

"O que nos faz ser otimistas é que nos últimos dias as negociações se aceleraram", explicou Sakellaridis ao retomar hoje, após quatro anos, o costume dos Executivos helenos de informar várias vezes por semana à imprensa sobre o trabalho do governo.

O porta-voz evitou se aprofundar nos detalhes da negociação, retomada hoje no denominado Grupo de Bruxelas, pois não é habitual falar publicamente sobre o andamento das conversas.

Sakellaridis disse que, com o avanço das negociações, espera "em breve" alguma decisão que melhore a liquidez da Grécia , em alusão à reunião desta quarta-feira do Banco Central Europeu, na qual pode ser analisada a possibilidade de elevar o teto de emissão de títulos públicos.

O porta-voz ressaltou que o objetivo do governo é conseguir um acordo que inclua as reformas da chamada lista Varoufakis, mas acrescentou que "quando chegar o momento", também deverão ser abordados os temas da sustentabilidade da dívida e do financiamento a longo prazo.

Segundo Sakellaridis, o que não é negociável para o governo são as denominadas linhas vermelhas, ou seja, a decisão de restaurar a médio prazo o salário mínimo, de não reduzir os salários e de restabelecer os convênios coletivos.

Esse último tema é um dos principais empecilhos das negociações, sobretudo porque o Fundo Monetário Internacional (FMI) insiste em exigir que a Grécia não restaure a negociação coletiva, abolida pelo executivo anterior.

"As linhas vermelhas da Grécia não existem por razões ideológicas. Não é possível que haja convênios coletivos em toda Europa e não na Grécia. Não é possível continuar com a redução de salários. Os salários na Grécia não são altos e não são o problema principal da competitividade da economia grega", ressaltou.

Sakellaridis lembrou que a Grécia está se sustentando por seus próprios meios e sem poder sair aos mercados desde agosto do ano passado. Segundo ele, o governo subestimou que os problemas de liquidez afetariam tanto a economia real.

A Grécia não cederá nos pontos que considera suas linhas vermelhas, mas mostrou estar disposta a fazer concessões e que o objetivo do país é permanecer na zona do euro, disse Sakellaridis.

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Atenas - O governo grego está "otimista" em chegar a um acordo amplo com seus credores sobre os assuntos em que há consenso ao longo deste mês, deixando para depois os pontos conflituosos.

O porta-voz do governo, Gavriil Sakellaridis, afirmou nesta segunda-feira que o Executivo é otimista porque "as negociações estão em um ponto no qual há ajustes em vários temas".

"O que nos faz ser otimistas é que nos últimos dias as negociações se aceleraram", explicou Sakellaridis ao retomar hoje, após quatro anos, o costume dos Executivos helenos de informar várias vezes por semana à imprensa sobre o trabalho do governo.

O porta-voz evitou se aprofundar nos detalhes da negociação, retomada hoje no denominado Grupo de Bruxelas, pois não é habitual falar publicamente sobre o andamento das conversas.

Sakellaridis disse que, com o avanço das negociações, espera "em breve" alguma decisão que melhore a liquidez da Grécia , em alusão à reunião desta quarta-feira do Banco Central Europeu, na qual pode ser analisada a possibilidade de elevar o teto de emissão de títulos públicos.

O porta-voz ressaltou que o objetivo do governo é conseguir um acordo que inclua as reformas da chamada lista Varoufakis, mas acrescentou que "quando chegar o momento", também deverão ser abordados os temas da sustentabilidade da dívida e do financiamento a longo prazo.

Segundo Sakellaridis, o que não é negociável para o governo são as denominadas linhas vermelhas, ou seja, a decisão de restaurar a médio prazo o salário mínimo, de não reduzir os salários e de restabelecer os convênios coletivos.

Esse último tema é um dos principais empecilhos das negociações, sobretudo porque o Fundo Monetário Internacional (FMI) insiste em exigir que a Grécia não restaure a negociação coletiva, abolida pelo executivo anterior.

"As linhas vermelhas da Grécia não existem por razões ideológicas. Não é possível que haja convênios coletivos em toda Europa e não na Grécia. Não é possível continuar com a redução de salários. Os salários na Grécia não são altos e não são o problema principal da competitividade da economia grega", ressaltou.

Sakellaridis lembrou que a Grécia está se sustentando por seus próprios meios e sem poder sair aos mercados desde agosto do ano passado. Segundo ele, o governo subestimou que os problemas de liquidez afetariam tanto a economia real.

A Grécia não cederá nos pontos que considera suas linhas vermelhas, mas mostrou estar disposta a fazer concessões e que o objetivo do país é permanecer na zona do euro, disse Sakellaridis.

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