Governo vai aprovar reforma tributária em outubro, afirma Haddad
Sobre o ambiente político para a discussão da reforma administrativa, Haddad disse que não vê "tumulto" no cenário


Agência de notícias
Publicado em 18 de setembro de 2023 às 12h54.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai aprovar a reforma tributária em outubro. "A maior insegurança jurídica que o Brasil oferece hoje é o caos tributário, que ninguém sabe quando deve e quando vai receber. E isso é um erro", disse Haddad, a jornalistas, ao chegar para evento da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) nesta segunda-feira, 18.
Sobre o ambiente político para a discussão da reforma administrativa, Haddad disse que não vê "tumulto" no cenário.
Fique por dentro das últimas notícias no Telegram da Exame. Inscreva-se gratuitamente
Segundo ele, ninguém é a favor do super salário no Brasil. "Então, por que a gente não começa pelo mais fácil? A reforma é uma reforma administrativa", afirmou Haddad.
Agendas complementares
O ministro da Fazenda disse ainda que a agenda ambiental e a aprovação da reforma tributária são complementares e estão caminhando conforme o cronograma estabelecido pelo Executivo. De acordo com ele, o Congresso está debruçado sobre todas as ações da pasta com um grau de abertura "bastante significativo".
"Temos que aproveitar esse momento de harmonização dos poderes para fazer a agenda avançar", disse Haddad. "Quanto mais cedo nós colhermos os frutos dessa agenda, mais facilmente a economia brasileira vai decolar para patamares de crescimento compatíveis com o nosso potencial", acrescentou.
'Tirando o atraso herdado'
Haddad também rebateu críticas de atraso no cronograma do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em setembro, a Fazenda começou o trabalho para a sua primeira emissão de títulos verdes, os chamados green bonds, e em outubro espera aprovar a reforma tributária. Conforme o ministro, a gestão atual está "tirando o atraso herdado".
"Todo mundo está de queixo caído com esse resultado. As pessoas imaginavam que ele viria em 2, 3 anos e ele vem em uma questão de meses. Então, [estamos] demonstrando que quando o Brasil está focado naquilo que são seus objetivos primordiais, ele alcança esses objetivos e chama a atenção do mundo", afirmou Haddad.