Para evitar uma nova crise no fornecimento de energia elétrica, o governo brasileiro terá que realizar investimentos na ordem de 40 bilhões de dólares nos próximos dez anos. A afirmação é do secretário nacional de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério das Minas e Energia, Márcio Zimmermann.

Durante seminário promovido pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia nesta terça-feira (8/8), em Recife, o secretário afirmou que o consumo de energia no país está crescendo a uma taxa de 5% ao ano. Para ele, um dos principais desafios do Brasil para atender à crescente demanda é a utilização de novas fontes geradoras, como biomassa, carvão mineral, térmicas a gás e energia eólica. Associadas às hidrelétricas, essas alternativas  supririam as necessidades da população. "As hidrelétricas demandam grandes investimentos e demoram cinco anos para serem construídas, mas usam combustível gratuito, que é a água, e duram 100 anos, enquanto boa parte das outras fontes têm vida útil de 35 anos e alto custo de combustível. O ideal é possuir um parque térmico e outro hídrico", afirma.

De acordo com Zimmermann, existem projetos para a construção de novas hidrelétricas no país. Atualmente, 70% da capacidade de geração energia instalada no Brasil provém  de hidrelétricas e 30% de térmicas. Segundo o secretário, o governo brasileiro segue rigorosamente o padrão de previsibilidade para evitar déficit energético, o que oferece segurança com relação à capacidade do atendimento. Os apagões ocorridos em 2001, segundo ele, teriam sido decorrentes da falta de planejamento do setor.

Com informações da Agência Brasil.