Governo retoma importação de carne da Argentina
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento liberou neste terça-feira (14/10) as importações de carne bovina maturada e desossada da Argentina. As importações estavam suspensas desde de 5 de setembro, após confirmação da ocorrência de um foco de febre aftosa na província de Salta. A decisão foi comunicada ao Serviço Nacional de Sanidade Animal e […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h31.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento liberou neste terça-feira (14/10) as importações de carne bovina maturada e desossada da Argentina. As importações estavam suspensas desde de 5 de setembro, após confirmação da ocorrência de um foco de febre aftosa na província de Salta. A decisão foi comunicada ao Serviço Nacional de Sanidade Animal e Qualidade Agroalimentaria da Argentina (Senasa), a todas as Delegacias Federais de Agricultura nos Estados, postos de vigilância nas fronteiras, portos e aeroportos. Continuam proibidas as compras de carnes de três localidades: Salta, Formosa e Jujuy.
O ministério afirmou que a retomada das importações foi possível graças ao trabalho realizado pela Argentina no controle do foco, como restrição no trânsito do rebanho bovino das três províncias, sacrifício de 39 animais e vazio sanitário. Apesar da liberação, o estado de Santa Catarina continua sem receber carne da Argentina, pois o estado é o único considerado nacionalmente livre de febre aftosa sem vacinação.
Até setembro, o Brasil importou 4,4 mil toneladas de carne da Argentina e este volume deve chegar a 7 mil toneladas até o final do ano. O Ministério da Agricultura mantém a restrição para compra de animais vivos, carne com osso, material para reprodução e miúdos. As importações de leite em pó, manteiga, queijo e demais produtos submetidos a tratamentos químicos ou físicos foram retomadas no dia 15 de setembro.
O problema mais grave, no entanto, está na Bolívia, que tem problemas de estruturação do sistema de vigilância sanitária, cadastro dos animais e controle de vacinação. Por isso, o Comitê Veterinário Permanente do Conselho Agropecuário do Sul (CAS) aprovou, durante reunião em Montevidéu (Uruguai) na semana passda, a aplicação de recursos da ordem de US$ 3 milhões para iniciar um projeto de controle e erradicação da doença. O ministério espera que toda essa região esteja livre da aftosa em 2005.