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Governo reduzirá IOF em derivativos só se cenário piorar, diz fonte

Para liberar o Imposto sobre Operações Financeiras, é necessário outro estresse como o da semana passada, quando o dólar chegou a bater em R$ 1,95

A fonte da equipe econômica argumentou que, apesar de o dólar estar muito acima do que estava quando a medida foi criada, o governo não que abrir mão da taxação do IOF sobre derivativos cambiais (Paulo Whitaker/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2011 às 20h53.

São Paulo - A redução da alíquota do IOF, do atual patamar de 1 por cento para zero, sobre os derivativos cambiais está engatilhada, mas o governo entende que ela somente sairá do papel se o mercado voltar a mostrar intenso estresse.

Segundo uma importante fonte da equipe econômica, hoje o mercado futuro de câmbio não tem problemas de liquidez e, deste modo, não demanda ações mais contundentes do governo, como a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre os derivativos.

"Não há hoje estresse no mercado futuro (de câmbio)... Não há pressão neste momento sobre o câmbio", afirmou a fonte à Reuters.

Para liberar o IOF, disse a fonte, "precisaríamos de um outro estresse como o da semana passada", quando o dólar chegou a bater 1,95 real, "e que haja o entendimento de que será mais contínuo".

No final de julho, o governo anunciou que passaria a cobrar alíquota de IOF de 1 por cento sobre os derivativos cambais, mecanismo implementado via medida provisória que também abriu espaço, caso o governo achasse necessário, para elevar a alíquota a até 25 por cento. Naquele momento, o objetivo era evitar mais valorizações do real frente ao dólar.

Agora, com a crise internacional cada vez mais aguda, o movimento se inverteu e o real passou a perder força frente à moeda-americana. Na última semana, o dólar chegou a bater 1,95 real, acumulando alta de cerca de 20 por cento no mês. Nesta terça-feira, às 15h51 a moeda estava cotada a 1,7985 real, com queda de 1,3 por cento.

A fonte da equipe econômica argumentou que, apesar de o dólar estar muito acima do que estava quando a medida foi criada, o governo não que abrir mão da taxação do IOF sobre derivativos cambiais. Ou seja, pode até reduzir a alíquota para zero, mas não acabar com o mecanismo, que precisa ainda da aprovação do Congresso Nacional.

"É importante ter o mecanismo na mão. Ele é regulatório, e não arrecadatório", afirmou, acrescentando que o cenário internacional é muito complexo e tende a piorar.

Ainda segundo a fonte, outras possibilidades estão na mesa do governo para atuar no mercado de câmbio caso haja mais volatilidade. Entre elas, rever a cobrança de IOF sobre empréstimos feitos por empresas no exterior. "Mas o IOF em derivativos seria o primeiro passo."

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos no Senado, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou nesta quinta-feira que a medida que criou o IOF sobre as posições vendidas líquidas de câmbio no mercado futuro "está indo bem, está funcionando e tem ajudado".

Pela manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia afirmado que o governo não mudaria o IOF em derivativos.

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São Paulo - A redução da alíquota do IOF, do atual patamar de 1 por cento para zero, sobre os derivativos cambiais está engatilhada, mas o governo entende que ela somente sairá do papel se o mercado voltar a mostrar intenso estresse.

Segundo uma importante fonte da equipe econômica, hoje o mercado futuro de câmbio não tem problemas de liquidez e, deste modo, não demanda ações mais contundentes do governo, como a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre os derivativos.

"Não há hoje estresse no mercado futuro (de câmbio)... Não há pressão neste momento sobre o câmbio", afirmou a fonte à Reuters.

Para liberar o IOF, disse a fonte, "precisaríamos de um outro estresse como o da semana passada", quando o dólar chegou a bater 1,95 real, "e que haja o entendimento de que será mais contínuo".

No final de julho, o governo anunciou que passaria a cobrar alíquota de IOF de 1 por cento sobre os derivativos cambais, mecanismo implementado via medida provisória que também abriu espaço, caso o governo achasse necessário, para elevar a alíquota a até 25 por cento. Naquele momento, o objetivo era evitar mais valorizações do real frente ao dólar.

Agora, com a crise internacional cada vez mais aguda, o movimento se inverteu e o real passou a perder força frente à moeda-americana. Na última semana, o dólar chegou a bater 1,95 real, acumulando alta de cerca de 20 por cento no mês. Nesta terça-feira, às 15h51 a moeda estava cotada a 1,7985 real, com queda de 1,3 por cento.

A fonte da equipe econômica argumentou que, apesar de o dólar estar muito acima do que estava quando a medida foi criada, o governo não que abrir mão da taxação do IOF sobre derivativos cambiais. Ou seja, pode até reduzir a alíquota para zero, mas não acabar com o mecanismo, que precisa ainda da aprovação do Congresso Nacional.

"É importante ter o mecanismo na mão. Ele é regulatório, e não arrecadatório", afirmou, acrescentando que o cenário internacional é muito complexo e tende a piorar.

Ainda segundo a fonte, outras possibilidades estão na mesa do governo para atuar no mercado de câmbio caso haja mais volatilidade. Entre elas, rever a cobrança de IOF sobre empréstimos feitos por empresas no exterior. "Mas o IOF em derivativos seria o primeiro passo."

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos no Senado, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou nesta quinta-feira que a medida que criou o IOF sobre as posições vendidas líquidas de câmbio no mercado futuro "está indo bem, está funcionando e tem ajudado".

Pela manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia afirmado que o governo não mudaria o IOF em derivativos.

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