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Governo quer entrar na guerra do aço

O governo decidiu se posicionar na briga das indústrias siderúrgicas versus fabricantes de automóveis, bens de capital e de eletroeletrônicos. De acordo com notícia desta quarta-feira (24/12) publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, o governo quer reduzir a zero as tarifas sobre a importação de 20 tipos de aço. "O ministério da Fazenda […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h43.

O governo decidiu se posicionar na briga das indústrias siderúrgicas versus fabricantes de automóveis, bens de capital e de eletroeletrônicos. De acordo com notícia desta quarta-feira (24/12) publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, o governo quer reduzir a zero as tarifas sobre a importação de 20 tipos de aço. "O ministério da Fazenda e do Desenvolvimento estão fazendo estudos técnicos sobre o tema, que serão apresentados na primeira reunião de janeiro do Fórum de Competitividade e à Camex", afirmou um porta-voz do ministério.

Segundo o Estado de São Paulo, a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae) decidiu intervir e pedir aplicação da redução tarifária depois de comprovar em pesquisa que, neste ano, os preços dos produtos das siderúrgicas subiram muito acima de todos os índices de inflação sem justificativas convincentes, o que poderia configurar prática de cartel e abuso de preços. Na semana passada, algumas indústrias compradoras de aço se queixaram ao receber o anúncio das siderúrgicas de que os preços sofreriam novos reajustes de 10% a 15% ainda em dezembro.

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No próximo dia 12, a Seae deverá submeter a proposta de zerar a tarifa à Câmara de Comércio Exterior (Camex). Segundo o jornal, a intenção do ministério da Fazenda é manter a redução por seis meses, renovar por mais um semestre e, a partir daí, iniciar um processo de abertura comercial para o setor.

Em nota distribuída à imprenssa, o grupo Gerdau contestou a acusação de praticar preços abusivos. "Em 2003, os preços médios irão fechar o ano com defasagem em relação à evolução dos custos das principais matérias-primas e insumos", diz a nota. "Adicionalmente, os preços dos insumos essenciais para o setor, como energia elétrica, gás, óleo combustível e outros, alcançaram patamares bastante superiores aos índices médios de inflação." O número de exportações da Gerdau creceu 79% nos primeiros nove meses de 2003 em relação ao mesmo período de 2002.

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