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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h06.
As operadoras de telefonia fixa ganharam a briga das tarifas que vinha sendo travada desde o início do ano com o Ministério das Comunicações. O reajuste será aplicado de uma vez só, em julho, e terá como base o IGP-DI - conforme especificado nos contratos de concessão. O governo tentava negociar o parcelamento do reajuste em duas ou três vezes. O índice aplicado será de, em média, 28,7% - referente ao IGP-DI acumulado do ano menos o índice de produtividade (que é de 1%).
Em declaração para a imprensa após a decisão, o ministro Miro Teixeira disse que o resultado das negociações é "insatisfatório".
O presidente do Grupo Telefônica, Fernando Xavier, afirmou que as tarifas de São Paulo terão novos valores a partir de domingo. Segundo ele, a assinatura residencial e o pulso terão reajuste de 24,5% - o primeiro abaixo da inflação desde 1998 e, segundo Xavier, a única concessão feita ao governo. A assinatura não residencial e as novas habilitações poderão ser corrigidas em até 41,7%, o máximo permitido pela cesta tarifária (pelo contrato, as operadoras podem reajustar itens da cesta em até 9% acima do IGP-DI, desde que o reajuste total respeite o teto tarifário). "As operadoras foram flexíveis em entender as dificuldades econômicas do momento e aceitaram reduzir o reajuste da assinatura residencial, o componente da cesta mais importante para viabilizar a prestação do serviço", disse Xavier aos jornalistas.
O Ministério das Comunicações divulgou nota afirmando que "diante das declarações do presidente da Telefônica, que anunciou os reajustes da tarifa de telefonia local, o ministro Miro Teixeira informa que o excelentíssimo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, discorda dos índices anunciados".
No restante do país - nas áreas atendidas pela Brasil Telecom e Telemar, o reajuste deve ser semelhante ao de São Paulo. As informações são da Reuters e da Agência Brasil.