Governo estrutura RI para melhorar interlocução com mercado
Segundo fontes, governo está estruturando uma espécie de área de "relações com investidores"
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2014 às 18h23.
São Paulo - O governo federal está estruturando uma espécie de área de "relações com investidores" para tentar melhorar a chamuscada interlocução com investidores e outros participantes do mercado, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto nesta sexta-feira.
O objetivo inicial da medida é alinhar órgãos abrigados no Ministério da Fazenda, como Tesouro Nacional e Receita Federal, em torno de assuntos considerados prioritários do Executivo, segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato.
O Palácio do Planalto sabe que empresários e investidores estão ressabiados com o governo, cujas diferentes esferas às vezes dão sinais desencontrados sobre questões como políticas fiscal e monetária, disse a fonte.
“O governo sabe que precisa melhorar sua interlocução com o mercado”, afirmou a fonte.
Além do reconhecimento de que conversa mal com o mercado, a iniciativa do governo na prática é um esforço para tentar unificar o discurso, especialmente num ano de eleição presidencial, quando questões envolvendo política econômica têm potencial multiplicado de criar volatilidade no mercado financeiro.
“Tecnicamente, os quadros são muito qualificados, mas precisa melhorar a comunicação”, afirmou a fonte.
Seria uma espécie de "media training" para preparar técnicos da equipe econômica a falar com empresários, executivos e agentes do mercado.
Um dos maiores pontos de preocupação do governo é recuperar a confiança de agentes quanto ao empenho com a promessa de cumprir a meta de superávit primário de 2014, equivalente a 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
O governo da presidente Dilma Rousseff tem sido marcado pela queda na confiança de agentes econômicos na condução da política fiscal, tendo usado o que se chamou de "contabilidade criativa" e receitas extraordinárias para tentar fechar as contas públicas.
A expectativa é reproduzir a atuação que o governo vem tendo no caso do julgamento da correção monetária de planos econômicos para cadernetas de poupança, que está no Supremo Tribunal Federal (STF).
A apreciação do assunto, que chegou a entrar na pauta do Supremo, foi adiada após um trabalho conjunto de Banco Central, Advocacia Geral da União (AGU), Ministério da Fazenda e a Febraban, em nome dos bancos privados.
Diferentemente do cenário de meses atrás, quando temia que o julgamento resultasse em indenização de centenas de bilhões de reais, o governo agora avalia que os ministros do STF estão mais instruídos sobre o assunto e que devem julgar o caso somente após as eleições de outubro.
São Paulo - O governo federal está estruturando uma espécie de área de "relações com investidores" para tentar melhorar a chamuscada interlocução com investidores e outros participantes do mercado, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto nesta sexta-feira.
O objetivo inicial da medida é alinhar órgãos abrigados no Ministério da Fazenda, como Tesouro Nacional e Receita Federal, em torno de assuntos considerados prioritários do Executivo, segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato.
O Palácio do Planalto sabe que empresários e investidores estão ressabiados com o governo, cujas diferentes esferas às vezes dão sinais desencontrados sobre questões como políticas fiscal e monetária, disse a fonte.
“O governo sabe que precisa melhorar sua interlocução com o mercado”, afirmou a fonte.
Além do reconhecimento de que conversa mal com o mercado, a iniciativa do governo na prática é um esforço para tentar unificar o discurso, especialmente num ano de eleição presidencial, quando questões envolvendo política econômica têm potencial multiplicado de criar volatilidade no mercado financeiro.
“Tecnicamente, os quadros são muito qualificados, mas precisa melhorar a comunicação”, afirmou a fonte.
Seria uma espécie de "media training" para preparar técnicos da equipe econômica a falar com empresários, executivos e agentes do mercado.
Um dos maiores pontos de preocupação do governo é recuperar a confiança de agentes quanto ao empenho com a promessa de cumprir a meta de superávit primário de 2014, equivalente a 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
O governo da presidente Dilma Rousseff tem sido marcado pela queda na confiança de agentes econômicos na condução da política fiscal, tendo usado o que se chamou de "contabilidade criativa" e receitas extraordinárias para tentar fechar as contas públicas.
A expectativa é reproduzir a atuação que o governo vem tendo no caso do julgamento da correção monetária de planos econômicos para cadernetas de poupança, que está no Supremo Tribunal Federal (STF).
A apreciação do assunto, que chegou a entrar na pauta do Supremo, foi adiada após um trabalho conjunto de Banco Central, Advocacia Geral da União (AGU), Ministério da Fazenda e a Febraban, em nome dos bancos privados.
Diferentemente do cenário de meses atrás, quando temia que o julgamento resultasse em indenização de centenas de bilhões de reais, o governo agora avalia que os ministros do STF estão mais instruídos sobre o assunto e que devem julgar o caso somente após as eleições de outubro.