Governo estuda extensão do auxílio por mais alguns meses, diz Bolsonaro
Bolsonaro afirmou que o auxílio não pode ser "eterno" porque isso representa um grande endividamento do Brasil
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de fevereiro de 2021 às 13h03.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2021 às 13h05.
O presidente da República, Jair Bolsonaro , reforçou nesta quinta-feira, 11, que o governo federal estuda prorrogar por "mais alguns meses" o pagamento do auxílio emergencial . O benefício para combater os efeitos econômicos da covid-19 foi encerrado em dezembro e apenas poucos pagamentos residuais, oriundos de recursos junto ao governo, foram feitos em janeiro e fevereiro.
"No momento, a nossa equipe, juntamente com parlamentares, estuda a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial, que - repito - o nome é 'emergencial'. Não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso País e ninguém quer o País quebrado", afirmou o presidente.
Conforme mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a retomada do benefício em valor reduzido - de R$ 200 por três meses - está condicionada à aprovação do Orçamento de 2021 e das propostas em tramitação no Senado que preveem corte de gastos. Além disso, Guedes quer segurança jurídica para a retomada do auxílio, o que seria dado por uma cláusula de calamidade ou nova edição da PEC do orçamento de guerra.
Mais cedo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cobrou publicamente o ministro da Economia, Paulo Guedes, para que saia uma nova rodada do auxílio emergencial. Lira afirmou que "Urge que o ministro Guedes nos dê com sensibilidade do governo uma alternativa viável" para o retorno do benefício.
Bolsonaro, em seguida, afirmou que "entendíamos, juntamente com Parlamento - deputados e senadores aqui presentes que votaram favorável nestas questões - que havia a necessidade" de uma nova rodada de auxílio.
Ele discursou aos presentes no período da manhã durante cerimônia de entrega de títulos de propriedade rural a 60 famílias em Alcântara (MA). "Porque, junto com a pandemia, houve muito fechamento de postos de trabalho e vocês necessitavam de algo para ajudá-los na sobrevivência", completou.
Acompanham o presidente os ministros da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e do Turismo, Gilson Machado, bem como o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), nome cotado para disputar o executivo estadual e opositor do atual governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
Rocha é também defensor de imposto similar à extinta CPMF como forma de financiar programas de distribuição de renda.