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Governo espera superávit na balança a partir do 2º semestre

A balança tem déficit de US$ 6 bilhões no primeiro trimestre, pior resultado desde o início da série histórica, em 1994

Plataforma da Petrobras: para diretor do Departamento de Estatística e Apoio ao Comércio Exterior, expectativa continua sendo de que melhora da conta-petróleo ajudará a reverter quadro atual (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 19h19.

Brasília - O governo espera a retomada dos resultados superavitários na balança comercial a partir do segundo semestre, disse hoje (1°) o diretor do Departamento de Estatística e Apoio ao Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Roberto Dantas.

De acordo com ele, a expectativa continua sendo de que a melhora da conta-petróleo, principalmente em função da alta nas exportações do combustível, ajudará a reverter o quadro atual. A balança tem déficit de US$ 6 bilhões no primeiro trimestre, pior resultado desde o início da série histórica, em 1994.

Dantas apresentou os dados da conta-petróleo, que está deficitária em US$ 4,5 bilhões nos três primeiros meses do ano contra resultado negativo de US$ 5,8 bilhões no mesmo período de 2013.

Também destacou o aumento das exportações de petróleo e derivados, que cresceram 3,2% até março ante o ano passado, e a queda das importações, de 11% no mesmo intervalo. “A conta-petróleo está respondendo por 75% do saldo negativo no primeiro trimestre de 2014”, disse.

Em 2013, a parada para manutenção de plataformas da Petrobras diminuiu as exportações e aumentou as importações dos combustíveis, o que afetou os resultados da balança.

Além disso, o atraso no registro de compras de petróleo, que, de acordo com o governo, deve-se a uma mudança nas regras da Receita Federal, fez com que importações de 2012 fossem contabilizadas somente no ano seguinte, impactando a balança em US$ 2,6 bilhões. Passada essa conjuntura, o governo anunciava uma melhora no desempenho da conta-petróleo, o que ainda não ocorreu.

Roberto Dantas reforçou ainda que o aumento dos embarques da safra deste ano deve impactar positivamente a balança e destacou a elevação de 80% na receita com as exportações de soja no primeiro trimestre, especialmente em função dos embarques para a China.


“Está tendo queda de preços de commodities, mas, por enquanto, na maioria dos setores, isso está sendo compensado por aumento de quantidade, o que vem gerando aumento de receita”, disse.

A balança registrou, ainda, queda de 3,1% nas compras do Brasil de bens de consumo não duráveis nos três primeiros meses do ano, como máquinas de uso doméstico, bebidas e tabaco, o que Dantas considera efeito da alta do dólar. Ele ressaltou ainda que prossegue a tendência de aumento nas importações de televisores e componentes, atribuído à aproximação da Copa do Mundo.

Com relação aos parceiros comerciais, o país ampliou em 22,1% as exportações para a China no primeiro trimestre de 2014, ante o mesmo período de 2013.

Segundo Dantas, além da soja, as vendas para o país asiático incluíram itens como minério de ferro e couros e peles.

Ele destacou ainda a continuidade do crescimento das vendas externas para os Estados Unidos, que aumentaram 8,8% nos primeiros três meses do ano. “Nos oito últimos meses, com exceção de novembro, houve alta nas exportações do Brasil para os EUA”, disse.

As vendas à Argentina, que atravessa uma crise econômica, continuam em queda. No primeiro trimestre, recuaram 14,4% ante o mesmo período do ano passado. A comercialização de automóveis para o país vizinho recuou 17%.

O comércio com a União Europeia também diminuiu (13%), principalmente em função de petróleo, minério de ferro, óleos combustíveis, aviões, açúcar e café.

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Brasília - O governo espera a retomada dos resultados superavitários na balança comercial a partir do segundo semestre, disse hoje (1°) o diretor do Departamento de Estatística e Apoio ao Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Roberto Dantas.

De acordo com ele, a expectativa continua sendo de que a melhora da conta-petróleo, principalmente em função da alta nas exportações do combustível, ajudará a reverter o quadro atual. A balança tem déficit de US$ 6 bilhões no primeiro trimestre, pior resultado desde o início da série histórica, em 1994.

Dantas apresentou os dados da conta-petróleo, que está deficitária em US$ 4,5 bilhões nos três primeiros meses do ano contra resultado negativo de US$ 5,8 bilhões no mesmo período de 2013.

Também destacou o aumento das exportações de petróleo e derivados, que cresceram 3,2% até março ante o ano passado, e a queda das importações, de 11% no mesmo intervalo. “A conta-petróleo está respondendo por 75% do saldo negativo no primeiro trimestre de 2014”, disse.

Em 2013, a parada para manutenção de plataformas da Petrobras diminuiu as exportações e aumentou as importações dos combustíveis, o que afetou os resultados da balança.

Além disso, o atraso no registro de compras de petróleo, que, de acordo com o governo, deve-se a uma mudança nas regras da Receita Federal, fez com que importações de 2012 fossem contabilizadas somente no ano seguinte, impactando a balança em US$ 2,6 bilhões. Passada essa conjuntura, o governo anunciava uma melhora no desempenho da conta-petróleo, o que ainda não ocorreu.

Roberto Dantas reforçou ainda que o aumento dos embarques da safra deste ano deve impactar positivamente a balança e destacou a elevação de 80% na receita com as exportações de soja no primeiro trimestre, especialmente em função dos embarques para a China.


“Está tendo queda de preços de commodities, mas, por enquanto, na maioria dos setores, isso está sendo compensado por aumento de quantidade, o que vem gerando aumento de receita”, disse.

A balança registrou, ainda, queda de 3,1% nas compras do Brasil de bens de consumo não duráveis nos três primeiros meses do ano, como máquinas de uso doméstico, bebidas e tabaco, o que Dantas considera efeito da alta do dólar. Ele ressaltou ainda que prossegue a tendência de aumento nas importações de televisores e componentes, atribuído à aproximação da Copa do Mundo.

Com relação aos parceiros comerciais, o país ampliou em 22,1% as exportações para a China no primeiro trimestre de 2014, ante o mesmo período de 2013.

Segundo Dantas, além da soja, as vendas para o país asiático incluíram itens como minério de ferro e couros e peles.

Ele destacou ainda a continuidade do crescimento das vendas externas para os Estados Unidos, que aumentaram 8,8% nos primeiros três meses do ano. “Nos oito últimos meses, com exceção de novembro, houve alta nas exportações do Brasil para os EUA”, disse.

As vendas à Argentina, que atravessa uma crise econômica, continuam em queda. No primeiro trimestre, recuaram 14,4% ante o mesmo período do ano passado. A comercialização de automóveis para o país vizinho recuou 17%.

O comércio com a União Europeia também diminuiu (13%), principalmente em função de petróleo, minério de ferro, óleos combustíveis, aviões, açúcar e café.

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