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Governo deve bloquear mais R$2,6 bi do Orçamento deste ano

Técnicos do governo consolidaram a visão de que o novo bloqueio representará uma forma de o governo se preparar para eventuais adversidades

Governo decidiu bloquear 2,6 bilhões de reais do Orçamento deste ano (Luciano Marques/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 22 de março de 2018 às 13h57.

Brasília - O governo decidiu bloquear 2,6 bilhões de reais do Orçamento deste ano, redobrando a cautela por conta das incertezas fiscais, afirmou nesta quinta-feira uma fonte com conhecimento direto do assunto.

Até a tarde de quarta-feira, a avaliação era de que não haveria nenhuma liberação adicional de recursos, justamente por conta da ponderação de que os riscos fiscais seguem no horizonte apesar da melhora na arrecadação.

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Da noite da véspera para cá, contudo, técnicos do governo consolidaram a visão de que o novo bloqueio representará uma forma de o governo se preparar para eventuais adversidades, como a não aprovação ou desidratação substancial do projeto de reoneração da folha.

A equipe econômica avalia que duas medidas consideradas importantes para as contas públicas seguem envoltas em dúvidas: a privatização da Eletrobras e a reoneração da folha, ambas em tramitação inicial no Congresso e sofrendo resistência de parlamentares.

Apesar da Câmara dos Deputados ter aprovado na véspera regime de urgência para a tramitação do projeto de reoneração, o texto do relator incluiu diversos outros setores à lista dos que permaneceriam com o benefício fiscal. Se aprovada, essa versão deve diminuir os ganhos com a medida.

Por isso a opção pela cautela, apesar de a arrecadação ter surpreendido positivamente nos dois primeiros meses do ano, na esteira da retomada econômica e com a ajuda de recursos extraordinários levantados com o Refis, programa de renegociação de dívidas tributárias.

Em relatório extemporâneo publicado em fevereiro, o governo já havia bloqueado 16,2 bilhões de reais em despesas do Orçamento deste ano, sendo 8 bilhões de reais por cautela com receitas previstas via privatização da Eletrobras e outros 8,2 bilhões de reais com remanejamento de gastos, que precisam de aval do Congresso.

O relatório de receitas e despesas do primeiro bimestre será divulgado às 15h pelo Ministério do Planejamento.

 

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