Governo da Índia planeja ofensiva contra abate de vacas
Tentativa de proteger animais venerados pela maioria hinduísta tem afetado o comércio de carne bovina realizado principalmente por muçulmanos
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2015 às 12h50.
Nova Délhi - A Índia usará todo seu "poder" para banir o abate de vacas em todo o país, disse o ministro do Interior, Rajnath Singh, em um discurso a líderes espirituais, num movimento do governo nacionalista hinduísta para cumprir uma promessa de campanha do primeiro-ministro Narendra Modi.
A nova ofensiva do partido de Modi, o BJP, para proteger vacas, animais venerados pela maioria hinduísta, tem afetado o comércio de carne bovina realizado principalmente por muçulmanos.
A Índia é o segundo maior exportador de carne bovina do mundo e o quinto maior consumidor.
O Estado de Maharashtra, o segundo mais populoso da Índia, ampliou este mês a proibição de abate de vacas para incluir também touros e bois. Outros Estados governados pelo BJP como Jharkhand e Haryana também endureceram as regras.
"Como podemos aceitar o fato de que o abate de vacas é permitido neste país", disse Singh no domingo. "Nós iremos usar todo o nosso poder para proibir o abate. Nós tentaremos construir um consenso."
Críticos dizem que leis mais duras contra a carne bovina discriminam muçulmanos, cristão e hinduístas de castas baixas que dependem da carne barata como fonte de proteína.
Temem também que as regras podem abrir caminho para uma proibição nacional que ameaçaria milhares de empregos.
A Índia tem cerca de 300 milhões bovinos, e animais procurando comidas nas ruas cheias de lixo são uma visão comum em cidades e vilarejos.
Os números podem subir em 200 mil em Maharashtra se pecuaristas abandonarem animais que não conseguem vender, segundo estimativas do mercado.
Mohammad Ali Qureshi, presidente da Associação de Comerciantes de Carne Bovina de Mumbai, disse que uma proibição nacional não será bem-sucedida, já que pessoas em diversas regiões usam este tipo de carne como fonte barata de proteína.
"Uma proibição nacional de abate de vacas é impossível", disse Qureshi. "Se o governo tomar qualquer decisão deste tipo nós não ficaremos quietos e haverá protestos no país inteiro."
Nova Délhi - A Índia usará todo seu "poder" para banir o abate de vacas em todo o país, disse o ministro do Interior, Rajnath Singh, em um discurso a líderes espirituais, num movimento do governo nacionalista hinduísta para cumprir uma promessa de campanha do primeiro-ministro Narendra Modi.
A nova ofensiva do partido de Modi, o BJP, para proteger vacas, animais venerados pela maioria hinduísta, tem afetado o comércio de carne bovina realizado principalmente por muçulmanos.
A Índia é o segundo maior exportador de carne bovina do mundo e o quinto maior consumidor.
O Estado de Maharashtra, o segundo mais populoso da Índia, ampliou este mês a proibição de abate de vacas para incluir também touros e bois. Outros Estados governados pelo BJP como Jharkhand e Haryana também endureceram as regras.
"Como podemos aceitar o fato de que o abate de vacas é permitido neste país", disse Singh no domingo. "Nós iremos usar todo o nosso poder para proibir o abate. Nós tentaremos construir um consenso."
Críticos dizem que leis mais duras contra a carne bovina discriminam muçulmanos, cristão e hinduístas de castas baixas que dependem da carne barata como fonte de proteína.
Temem também que as regras podem abrir caminho para uma proibição nacional que ameaçaria milhares de empregos.
A Índia tem cerca de 300 milhões bovinos, e animais procurando comidas nas ruas cheias de lixo são uma visão comum em cidades e vilarejos.
Os números podem subir em 200 mil em Maharashtra se pecuaristas abandonarem animais que não conseguem vender, segundo estimativas do mercado.
Mohammad Ali Qureshi, presidente da Associação de Comerciantes de Carne Bovina de Mumbai, disse que uma proibição nacional não será bem-sucedida, já que pessoas em diversas regiões usam este tipo de carne como fonte barata de proteína.
"Uma proibição nacional de abate de vacas é impossível", disse Qureshi. "Se o governo tomar qualquer decisão deste tipo nós não ficaremos quietos e haverá protestos no país inteiro."