Governo da Argentina aprova empréstimo de US$ 500 mi do Banco Mundial
Objetivo é financiar políticas de desenvolvimento da inclusão social no país
EFE
Publicado em 13 de agosto de 2019 às 12h10.
Buenos Aires — O governo da Argentina aprovou nesta terça-feira o contrato de empréstimo de US$ 500 milhões (R$ 2 bilhões) que o Banco Mundial (BM) autorizou no mês passado e que será assinado nos próximos dias, com o objetivo de financiar políticas de desenvolvimento da inclusão social no país.
A informação foi publicada hoje em Diário Oficial. O Ministério da Fazenda ficará responsável de executar os projetos e administrar a utilização dos recursos.
O governo informou que a meta é reforçar as bases para o crescimento econômico liderado pelo setor privado, reforçar as redes de seguridade social e melhorar a igualdade fiscal.
O programa do Banco Mundial pretende contribuir através de medidas que melhorem a concorrência, diminuam as barreiras comerciais, facilitem o registro de novas empresas, fomentem o desenvolvimento dos mercados de capital e promovam o investimento privado em energias renováveis.
A proposta visa gerar ações que contribuam para o fortalecimento do sistema de proteção social e melhorem a igualdade fiscal, visando proteger os setores mais vulneráveis da população, mantendo a despesa com assistência social e destinando, caso necessário, recursos adicionais aos programas que sejam mais efetivos.
O empréstimo de US$ 500 milhões tem juros variáveis e é reembolsável em 32 anos, contando com período de carência de sete anos. O acordo foi aprovado pelo Banco Mundial no há pouco mais de um mês.
O diretor do BM para a Argentina, Paraguai e Uruguai, Jesko Hentschel, afirmou no mês passado que a ajuda financeira pretende proteger as famílias mais vulneráveis e reduzir os impactos da inflação e seguir apoiando os esforços para garantir os serviços de saúde de forma igual.
A aprovação do contrato pelo governo argentino aconteceu dois dias depois da derrota do presidente Mauricio Macri nas eleições primárias presidenciais, e um dia depois a um dia turbulento na Bolsa de Valores local e de queda do peso.