Governo buscará uma solução para as empresas aéreas, diz Bolsonaro
Entretanto, Bolsonaro afirmou que o setor público não tem recurso para liberar "bilhões" a segmentos específicos
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de março de 2020 às 14h34.
Última atualização em 16 de março de 2020 às 15h51.
O presidente da República, Jair Bolsonaro , afirmou que o governo buscará uma solução para as empresas aéreas , afetadas pelos impactos do coronavírus no mundo. O chefe do Planalto citou, porém, que o setor público não tem recurso para liberar "bilhões" a segmentos específicos.
"Vamos agir na questão das áreas, que estão perdendo clientes, vamos deixar quebrar ou vamos apresentar uma alternativa? No meu entender, quebrar é a pior alternativa que existe", disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Bandeirantes.
"Nós não seremos omissos aos reclames da sociedade. A nossa preocupação existe. Agora, nossa economia não é a americana que o Trump anuncia bilhões, bilhões e bilhões de dólares para socorrer esse ou aquele setor. Não temos recursos para isso", afirmou Bolsonaro.
Conforme o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) antecipou, a área técnica do governo estuda oferecer às empresas aéreas um mecanismo de adiamento do pagamento de tributos - uma espécie de "waiver". Além disso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, recomendou que as companhias do segmento busquem linhas de crédito disponíveis.
Uma das alternativas apresentadas pelo chefe do Planalto é recuperar os R$ 15 bilhões em recursos que ficariam sob controle do Congresso Nacional.
Na sexta-feira, 13, o governo editou uma medida provisória transferindo R$ 5 bilhões dessa fatia para o guarda-chuva do Executivo e o uso do dinheiro no combate ao coronavírus.
Bares e restaurantes
Bolsonaro afirmou que vai conversar, na tarde desta segunda-feira, 16, com representantes de bares e restaurantes frente à intenção de governadores em restringir o funcionamento desses estabelecimentos.
No Distrito Federal, por exemplo, bares e restaurantes deverão organizar mesas a uma distância de dois metros uma da outra, por determinação do governo distrital. Governadores de Estados discutem outras medidas restritivas para os estabelecimentos.
"É o pessoal que mais sofre, que vai ter um baque agora tendo em vista algumas medidas tomadas por autoridades de Estados que já começaram a prejudicar o lucro deles", afirmou o presidente.