Governo autoriza R$500 mi para apoio ao milho
Governo federal autorizou a realização de leilões de subvenção para sustentação dos preços do milho no Brasil
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2014 às 16h36.
São Paulo - O governo federal autorizou a realização de leilões de subvenção para sustentação dos preços do milho no Brasil, segundo portaria interministerial publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União.
Foram destinados 500 milhões de reais para a realização de leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural ou a sua Cooperativa (Pepro) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O mecanismo, que deverá ajudar a movimentar um mercado que está bastante lento no físico, pode favorecer exportações brasileiras este ano. O volume de recursos já havia sido comentado pelo ministro da Agricultura, Neri Geller, mas até o início da semana dependia do aval do Ministério do Planejamento.
A portaria no Diário Oficial não estabelece a data de realização dos pregões, mas Geller disse na segunda-feira que eles deverão ser realizados até o dia 15 deste mês.
Os 500 milhões de reais deverão ser suficientes para apoiar o escoamento de 7 milhões a 10 milhões de toneladas, dependendo da disputa durante a realização dos leilões, disse o ministro na ocasião.
O leilão Pepro é um instrumento adotado para dar sustentação aos preços da commodity nas regiões onde a ampla oferta derruba os preços, pagando ao produtor a diferença entre o valor obtido no mercado e os valores mínimos definidos pelo governo.
Em 2013, agricultores contrataram Pepro para 8,86 milhões de toneladas de milho, com expectativa de pagamentos totais de 449 milhões de reais em subvenções, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Diversas entidades representativas de produtores têm pedido ao Ministério da Agricultura a realização de novos leilões de Pepro, num momento em que os preços do grão estão no menor patamar em quase 4 anos no mercado doméstico.
"Os recursos (oficializados nesta terça) ficaram abaixo do que havíamos solicitado, que era 800 milhões de reais, mas já alivia a pressão sobre os produtores rurais", disse o gerente da Comissão de Política Agrícola da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Frederico Azevedo, em nota.
Exportações
Os negócios no mercado físico têm estado desaquecidos em Mato Grosso, com preços pouco atrativos sendo oferecidos aos produtores, que se capitalizaram em safras recentes.
Especialistas dizem que o atual cenário de preços, que trava o mercado interno, traz incerteza para as exportações brasileiras neste segundo semestre.
A realização de leilões de Pepro pode, no entanto, ajudar a aliviar a situação, dando melhor liquidez ao mercado.
"Só acreditamos que o Brasil possa ultrapassar 20 milhões de toneladas de exportações (de milho) com a presença e o apoio do Pepro", disse Pedro Dejneka, presidente da consultoria AGR Brasil, em Chicago.
"Sem Pepro ou outro mecanismo parecido de subsídio, o Brasil não iria ter onde colocar tanto milho, pois não seria competitivo no mercado global", afirmou.
- 1. Copa dos orgânicos
1 /12(Gettyimages/Getty Images)
São Paulo - Muito mais do que promover o turismo e a cultura local, a Copa do Mundo também pode dar aquela ajuda para o mercado de produtos orgânicos no país.Pelo menos essa é a meta do governo federal, que pretende usar o Mundial para aumentar os números da produção orgânica tanto em relação ao consumo interno como de exportações.A Campanha Brasil Orgânico e Sustentável vem instalando pontos de venda dos produtos em mais de dez cidades-sede dos jogos. Levantamento da Federação Internacional de Agricultura Orgânica coloca o Brasil na décima posição entre os países artilheiros em extensão de terras voltadas à agricultura orgânica. Mas a proporção em relação ao total de terra agrícola no país ainda é pequena, de apenas 0,27%. Manejando essas terras encontram-se mais de 12 mil pequenos agricultores e trabalhadores do campo. Veja a seguir, a lista dos 10 países com maior quantidade de terras voltadas à agricultura orgânica, a relação com o modelo tradicional e o número de trabalhadores ligados à atividade. - 2. 1 - Austrália
2 /12(CC/ Stewart Dawson/ flickr.com/photos/stewd/)
Agricultura orgânica Área só de orgânicos 12 milhões de hectares Fatia do total da terra agrícola 2,93% Número de produtores 2.129 - 3. 2 - Argentina
3 /12(CC/ Nahuel Berger / World Bank/ flickr.com/worldbank)
Agricultura orgânica Área só de orgânicos 3,6 milhões de hectares Fatia do total da terra agrícola 2,59% Número de produtores 1.446 - 4. 3 - Estados Unidos
4 /12(Getty Images / Pool)
Agricultura orgânica Área só de orgânicos 2,1 milhões de hectares Fatia do total da terra agrícola 0,64% Número de produtores 12.880 - 5. 4 - China
5 /12(Getty Images/ China Photos / Stringer)
Agricultura orgânica Área só de orgânicos 1,9 milhão de hectares Fatia do total da terra agrícola 0,36% Número de produtores sem dados - 6. 5 - Espanha
6 /12(Getty Images/ Denis Doyle / Stringer)
Agricultura orgânica Área só de orgânicos 1,6 milhão de hectares Fatia do total da terra agrícola 6,4% Número de produtores 30.462 - 7. 6 - Itália
7 /12(Wikimedia Commons)
Agricultura orgânica Área só de orgânicos 1,1 milhão de hectares Fatia do total da terra agrícola 9,12% Número de produtores 48.858 - 8. 7 - Alemanha
8 /12(Carsten Koall / Stringer)
Agricultura orgânica Área só de orgânicos 1 milhão de hectares Fatia do total da terra agrícola 6,19% Número de produtores 23.032 - 9. 8 - França
9 /12(Getty Images / Pascal Le Segretain / Staff)
Agricultura orgânica Área só de orgânicos 1 milhão de hectares Fatia do total da terra agrícola 3,76% Número de produtores 24.425 - 10. 9 - Canadá
10 /12(Wikimedia Commons)
Agricultura orgânica Área só de orgânicos 833 mil hectares Fatia do total da terra agrícola 1,23% Número de produtores 3.590 - 11. 10 - Brasil
11 /12(Divulgação / EXAME)
Agricultura orgânica Área só de orgânicos 705 mil hectares Fatia do total da terra agrícola 0,27% Número de produtores 12.526 - 12. Redutos verdes
12 /12(CC/ Vinicius Pinheiro/ flickr.com/vineco)