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Governo anunciará corte de cerca de R$30 bi, dizem fontes

Também deve ser anunciada a reoneração da folha de pagamentos como medida para cobrir o rombo adicional de R$ 58,2 bi nas contas públicas

Presidente Temer: outros aumentos de alíquota de tributos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), também devem ser anunciados no final desta tarde (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 29 de março de 2017 às 18h15.

Última atualização em 29 de março de 2017 às 19h47.

Brasília - O governo federal deve anunciar nesta quarta-feira corte de cerca de 30 bilhões de reais no Orçamento de 2017 e reoneração da folha de pagamentos como medidas para cobrir o rombo adicional de 58,2 bilhões de reais nas contas públicas deste ano, disseram à Reuters fontes com conhecimento sobre o assunto.

Outros aumentos de alíquota de tributos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), também devem ser anunciados no final desta tarde, mas em menor proporção do que a originalmente pensada pela equipe econômica capitaneada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

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Em relação ao IOF, afirmou uma fonte da equipe econômica, devem ser elevadas as alíquotas que incidem hoje nas operações de cooperativas de crédito. A projeção é que cerca de 1 bilhão de reais sejam arrecadados com a medida.

Em relatório divulgado nesta manhã, o Ministério da Fazenda argumentou que seria impossível contingenciar totalmente o rombo adicional de 58,2 bilhões de reais deste ano, porque "seriam eliminadas 44 por cento de todas as despesas discricionárias dogoverno central".

Na prática, esse montante significaria a impossibilidade de o governo federal terminar o ano fiscal de 2017 sem comprometer despesas importantes nas áreas de saúde e educação.

A resistência em elevar tributos foi grande dentro do Palácio do Planalto, em especial do presidente Michel Temer, que não queria onerar mais o setor produtivo em meio ao cenário de recuperação da economia depois de dois anos de recessão.

A meta fiscal desde ano é de um déficit primário de 139 bilhões de reais para o governo central (governo federal, INSS e Banco Central).

O governo tem até o dia 30 para publicar decreto especificando as despesas discricionárias que precisará cortar para cumpri-la.

Meirelles já chegou a afirmar que o governo estimava receitas extras de cerca de 17 bilhões de reais este com devolução à União de hidrelétricas e com questão envolvendo precatórios, sendo 8,6 bilhões de reais somente com estes últimos.

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