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Governo anuncia investimentos de R$ 191,4 bilhões em infra-estrutura

O governo federal vai investir R$ 191,4 bilhões em infra-estrutura nos próximos quatro anos. Os recursos estão contemplados no Plano Plurianual (PPA) 2004-2007. O anúncio foi feito durante reunião nesta segunda-feira (11/8) entre o presidente Lula e o vice-presidente, José Alencar, com 12 ministros e presidentes de estatais no Palácio do Planalto, para conhecer os […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h32.

O governo federal vai investir R$ 191,4 bilhões em infra-estrutura nos próximos quatro anos. Os recursos estão contemplados no Plano Plurianual (PPA) 2004-2007. O anúncio foi feito durante reunião nesta segunda-feira (11/8) entre o presidente Lula e o vice-presidente, José Alencar, com 12 ministros e presidentes de estatais no Palácio do Planalto, para conhecer os projetos de cada Ministério no setor de infra-estrutura.

Segundo o porta-voz da Presidência, André Singer, as prioridades do governo serão com projetos de transporte, setor elétrico, saneamento, habitação e infra-estrutura hídrica.

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A reunião começou com a apresentação do ministro do Planejamento, Guido Mantega, sobre projetos que serão executados dentro do PPA por ordem de prioridade e a baixo custo. "O presidente Lula abriu a reunião solicitando ao ministro Mantega que apresentasse por ordem de prioridade projetos factíveis, que pudessem começar a ser executados imediatamente com os recursos disponíveis. Ou seja, um plano realista", disse Singer.

Os projetos discutidos pelo presidente e pelos demais ministros estão incluídos no PPA. Os R$ 191,4 bilhões serão levantados pelo governo em parceria com a iniciativa privada. Os presidentes do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Petrobras participaram do encontro para apresentar ao governo a disponibilidade de recursos para os projetos de infra-estrutura.

Singer não apresentou detalhes dos projetos em discussão. Disse apenas que a orientação do presidente Lula é selecionar os projetos prioritários, para que serem implementados "o mais rápido possível". A reunião foi a terceira de uma série de encontros para definir a prioridade do governo no PPA, já que o prazo final para a apresentação ao Congresso é no final de agosto, para que possa ser votado até o final do ano.

Participaram da reunião, que durou quatro horas, os ministros José Dirceu (Casa Civil), Olívio Dutra (Cidades), Antônio Palocci (Fazenda), Guido Mantega (Planejamento), Marina Silva (Meio Ambiente), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Dilma Roussef (Minas e Energia), Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação), Anderson Adauto (Transportes), Walfrido dos Mares Guia (Turismo), Ciro Gomes (Integração Nacional), Miro Teixeira (Comunicações), o vice-presidente José Alencar e os presidentes dos bancos e estatais.

Para o economista, Antônio Barros de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a política de infra-estrutura tem que ser "preparada com antecipação porque é uma política lenta". Ele alertou que enquanto na política monetária as reações são mais rápidas à baixa e subida dos juros, na infra-estrutura o processo é mais demorado. Necessita, portanto, de medidas antecipadas.

Sobre a eficácia de algumas medidas por parte do governo para incentivar alguns setores, como o automobilístico, Castro explicou que essas medidas, quando tomadas com prudência e moderação, são aceitáveis. "Mas é perigoso fazer muitas medidas de socorro. Primeiro, porque existe a resposta espontânea, que já deve estar engatilhada. Segundo, porque você pode comprometer recursos que amanhã ou depois de amanhã serão fundamentais." Ressaltou que, felizmente, o apoio que houve neste momento foi tópico, só para o setor automobilístico, e termina em novembro.

As informações são da Agência Brasil.

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