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Gastos militares mundiais caíram em 2013

Gastos com defesa diminuíram em 2013, por causa da redução dos orçamentos dos exércitos ocidentais, especialmente o americano, mostra estudo

Navio militar russo na Baía de Sebastopol, Ucrânia: em 2012, as despesas caíram em 0,4%, mas o declínio acelerou chegando a 1,9% (Viktor Drachev/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2014 às 14h09.

Estocolmo - Os gastos com defesa diminuíram em 2013, puxados para baixo pela redução dos orçamentos dos exércitos ocidentais, especialmente o americano, anunciou nesta segunda-feira o Sipri, centro de pesquisas sueco.

Em 2012, as despesas caíram, pela primeira vez desde 1998, em 0,4%, mas o declínio acelerou chegando a 1,9%, de acordo com os cálculos do Instituto Internacional para a Paz de Estocolmo.

No entanto, "o aumento das despesas militares nos países emergentes e em desenvolvimento continua inabalável", ressaltou em uma declaração o diretor de pesquisa sobre os orçamentos militares, Sam Perlo-Freeman.

"Mesmo que, em alguns casos, seja a consequência natural do crescimento econômico ou uma resposta às necessidades de segurança reais, em outros casos, ela representa uma perda de receitas de recursos naturais, o fato de regimes autocráticos, ou (do) surgimento de corridas armamentistas regionais", acrescentou.

O mundo gastou 1,747 trilhão de dólares com seus exércitos em 2013, revela a Sipri no relatório. A variação percentual dessas despesas leva em conta a inflação .

Os Estados Unidos , país que tem o maior orçamento para a defesa, reduziram os gastos em 7,8% com o fim das operações no Iraque, a retirada antecipada do Afeganistão, e os cortes automáticos aprovados pelo Congresso em 2011.

Os três seguintes (China, Rússia e Arábia Saudita) fizeram o caminho oposto junto a outros 23 países que mais que dobraram seu orçamento desde 2004.


Pequim aumentou os gastos em 7,4% em 2013 e as disputas territoriais com a China levaram alguns de seus vizinhos aumentar as verbas para os militares.

"As preocupações do Japão quanto ao poderio militar crescente da China e a política nacionalista do governo japonês, fizeram com que Tóquio acabasse com o declínio dos gastos militares de longa data e passassem a um gradual aumento", explica Perlo-Freeman.

Também na Ásia, o Afeganistão registrou o maior aumento, de 77%, tendo em vista a retirada da maioria das tropas estrangeiras do seu território no final de 2014.

Na Europa, a França se destaca porque, "apesar de seu crescimento econômico baixo, manteve em grande parte os seus gastos militares durante a crise econômica global, com despesas em 2013 4% inferiores do que em 2008", observa o Sipri.

No Oriente Médio, os orçamentos aumentaram em 4% em 2013. Esta estimativa permanece questionável, já que não existem números disponíveis sonre os Emirados Árabes Unidos, Irã, Catar e Síria.

"E mesmo quando eles estão disponíveis, os dados podem não incluir todos os gastos militares", de acordo com Perlo-Freeman.

A Arábia Saudita ultrapassou em 2013 a França (que caiu para 5º lugar) e o Reino Unido (6º). O Sipri explica este salto de 14% nos gastos pelas tensões com o Irã e o medo de revoltas populares.

Na África, os gastos subiram 8,3%, impulsionados pelas receitas do petróleo em países como Argélia e Angola.

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Estocolmo - Os gastos com defesa diminuíram em 2013, puxados para baixo pela redução dos orçamentos dos exércitos ocidentais, especialmente o americano, anunciou nesta segunda-feira o Sipri, centro de pesquisas sueco.

Em 2012, as despesas caíram, pela primeira vez desde 1998, em 0,4%, mas o declínio acelerou chegando a 1,9%, de acordo com os cálculos do Instituto Internacional para a Paz de Estocolmo.

No entanto, "o aumento das despesas militares nos países emergentes e em desenvolvimento continua inabalável", ressaltou em uma declaração o diretor de pesquisa sobre os orçamentos militares, Sam Perlo-Freeman.

"Mesmo que, em alguns casos, seja a consequência natural do crescimento econômico ou uma resposta às necessidades de segurança reais, em outros casos, ela representa uma perda de receitas de recursos naturais, o fato de regimes autocráticos, ou (do) surgimento de corridas armamentistas regionais", acrescentou.

O mundo gastou 1,747 trilhão de dólares com seus exércitos em 2013, revela a Sipri no relatório. A variação percentual dessas despesas leva em conta a inflação .

Os Estados Unidos , país que tem o maior orçamento para a defesa, reduziram os gastos em 7,8% com o fim das operações no Iraque, a retirada antecipada do Afeganistão, e os cortes automáticos aprovados pelo Congresso em 2011.

Os três seguintes (China, Rússia e Arábia Saudita) fizeram o caminho oposto junto a outros 23 países que mais que dobraram seu orçamento desde 2004.


Pequim aumentou os gastos em 7,4% em 2013 e as disputas territoriais com a China levaram alguns de seus vizinhos aumentar as verbas para os militares.

"As preocupações do Japão quanto ao poderio militar crescente da China e a política nacionalista do governo japonês, fizeram com que Tóquio acabasse com o declínio dos gastos militares de longa data e passassem a um gradual aumento", explica Perlo-Freeman.

Também na Ásia, o Afeganistão registrou o maior aumento, de 77%, tendo em vista a retirada da maioria das tropas estrangeiras do seu território no final de 2014.

Na Europa, a França se destaca porque, "apesar de seu crescimento econômico baixo, manteve em grande parte os seus gastos militares durante a crise econômica global, com despesas em 2013 4% inferiores do que em 2008", observa o Sipri.

No Oriente Médio, os orçamentos aumentaram em 4% em 2013. Esta estimativa permanece questionável, já que não existem números disponíveis sonre os Emirados Árabes Unidos, Irã, Catar e Síria.

"E mesmo quando eles estão disponíveis, os dados podem não incluir todos os gastos militares", de acordo com Perlo-Freeman.

A Arábia Saudita ultrapassou em 2013 a França (que caiu para 5º lugar) e o Reino Unido (6º). O Sipri explica este salto de 14% nos gastos pelas tensões com o Irã e o medo de revoltas populares.

Na África, os gastos subiram 8,3%, impulsionados pelas receitas do petróleo em países como Argélia e Angola.

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