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Gastos dos consumidores dos EUA têm menor alta em 6 meses

Departamento de Comércio americano disse nesta sexta-feira que os gastos do consumido subiram 0,1 por cento

Consumidores nos EUA: gastos no mês passado foram contidos por uma queda de 0,1 por cento nas compras de itens como automóveis (Chris Hondros/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 31 de março de 2017 às 11h37.

Washington - Os gastos dos consumidores norte-americanos tiveram leve alta em fevereiro, em meio a atrasos no pagamento de restituições de imposto de renda, mas o maior aumento anual da inflação em quase cinco anos sustentou as expectativas de novas altas dos juros neste ano.

O Departamento de Comércio disse nesta sexta-feira que os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos , subiram 0,1 por cento. Esse foi o menor ganho desde agosto e seguiu-se a um aumento de 0,2 por cento não revisado em janeiro.

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Economistas esperavam um avanço de 0,2 por cento.

O governo adiou a emissão de restituições de impostos neste ano como parte dos esforços para combater fraudes.

Os gastos no mês passado foram contidos por uma queda de 0,1 por cento nas compras de itens como automóveis. O clima quente reduziu os gastos com aquecimento das famílias.

Os gastos fracos do consumidor sugerem que o crescimento econômico desacelerou ainda mais no primeiro trimestre. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,1 por cento em uma taxa anualizada no quarto trimestre, recuando do ritmo de 3,5 por cento do trimestre entre julho e setembro.

Apesar dos sinais de crescimento moderado, o Federal Reserve, banco central dos EUA, deve elevar os juros pelo menos mais duas vezes neste ano.

Com a confiança do consumidor nas máximas de 16 anos e o aperto no mercado de trabalho impulsionando o crescimento dos salários, a moderação nos gastos deve ser temporária. Mesmo com o crescimento econômico desacelerando no início do ano, a inflação cresce.

O índice de inflação PCE nos EUA avançou 0,1 por cento no mês passado, ante 0,4 por cento em janeiro, levando a uma alta de 2,1 por cento na comparação anual.

Esse foi o maior ganho na comparação anual desde abril de 2012, ante 1,9 por cento em janeiro.

O núcleo do índice de inflação PCE, que exclui alimentos e energia, avançou 0,2 por cento no mês passado, ante 0,3 por cento em janeiro. Nos 12 meses até fevereiro, o avanço foi de 1,8 por cento, após um avanço semelhante em janeiro.

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