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Ganho real dos salários não;pressiona os preços, diz CSFB

Segundo o banco, massa salarial crescerá 5% neste ano, porcentagem considerada insuficiente para pressionar a inflação

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h55.

Centro das atenções nos últimos tempos pelo seu possível peso sobre uma possível inflação de demanda, o aumento real da massa salarial não deve gerar pressões inflacionárias significativas neste ano, segundo o banco Credit Suisse First Boston (CSFB). Para a instituição, os ganhos são menores do que o Banco Central avalia. Além disso, a massa salarial está crescendo com base em empregos de menor salário, o que restringe o poder de compra dos contratados (
leia ainda reportagem de EXAME sobre o aumento real dos salários)
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Segundo o CSFB, as atas do Comitê de Política Monetária (Copom) mostram que o governo trabalha com os números de recuperação salarial da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Para a Fiesp, o ganho real dos salários médios acumula alta de 13,2% até junho. Já a massa salarial cresceu 15,5% no primeiro semestre. O CSFB diz que, embora os dados sejam coerentes com a retomada da atividade industrial, não podem ser usados para representar o comportamento dos salários de todos os segmentos econômicos (indústria, comércio e serviços), como o Copom vem fazendo.

Por isso, o CSFB prefere as pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cujas informações são mais abrangentes e não se restringem apenas ao setor industrial. Conforme o IBGE, o salário médio sofreu uma queda real de 3,5% entre fevereiro de 2003 e julho de 2004. Já a massa salarial aumentou 1,2%. Baseado nisso, o CSFB prevê que a massa salarial crescerá 5% neste ano.

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"Apesar da provável elevação do salário médio real nos próximos meses, não esperamos um aumento muito expressivo no poder de compra da população, por conta da incorporação, no mercado de trabalho, de mão-de-obra em setores com salário médio mais baixo, como a construção civil", afirma o estudo do CSFB. Em decorrência, o banco avalia que o crescimento da massa salarial não trará "riscos insustentáveis para a inflação no curto prazo". Por isso, não haveria nenhuma razão para que a taxa básica de juros fosse elevada nos próximos meses, conforme o banco.

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