Galípolo afirma que inflação se mostra mais resiliente do que o previsto inicialmente
Diretor do Banco Central afirmou que juros futuros caíram antes do ciclo de cortes da Selic, em decorrência das medidas no primeiro semestre, do novo marco fiscal e da manutenção da meta de inflação
Agência de notícias
Publicado em 5 de outubro de 2023 às 14h57.
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo , apresentou nesta quinta-feira, 5, durante fórum em São Paulo, um cenário no Brasil que se repete em outras economias do mundo, no qual tanto a atividade econômica quanto a inflação exibem resiliência.
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Apesar disso, ele ponderou que a inflação se mostra mais persistente e resiliente do que era esperado inicialmente. Ele citou, em especial, a resiliência de indicadores como serviços subjacentes.
Durante fórum sobre fundos imobiliários realizado, em São Paulo, pelo GRI Club, Galípolo comentou que os economistas estão revendo variáveis não observáveis, como o hiato do produto, a taxa de juros neutra e o PIB potencial, na tentativa de entender as surpresas positivas com a atividade, que cresce acima do inicialmente previsto, e da inflação, cuja queda é maior do que se esperava.
Ele citou previsões de crescimento entre 2,8% e 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e a volta das captações de fundos, chamando a atenção para a notícia, publicada na quarta-feira, 4, pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), sobre a fila nas corretoras para colocação de ofertas.
Ao elencar as possíveis explicações às surpresas tanto de PIB quanto de inflação, o diretor de política monetária do BC apontou o impulso da supersafra, assim como a leitura de que as reformas realizadas nos últimos anos podem ter elevado o PIB potencial.
Galípolo observou que vários países em situação similar - com o mercado de trabalho aquecido e a inflação cedendo, embora com resiliência - estão buscando explicações mais domésticas para resultados parecidos com os do Brasil.