Fundos de private equity levantaram recorde de US$453 bi em 2017
Grandes investidores institucionais estão colocando cada vez mais dinheiro em empresas de aquisições, grupos de capital de risco e fundos de capital
Reuters
Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 18h59.
A indústria global de private equity captou o recorde de 453 bilhões de dólares junto a investidores em 2017, passando a ter mais de 1 trilhão de dólares para injetar em empresas e novos empreendimentos, mostraram dados da Preqin, que acompanha o setor, nesta quinta-feira.
Os números mostram a intensidade que grandes investidores institucionais, bem como os escritórios familiares, estão colocando uma parcela crescente de seu dinheiro em empresas de aquisições, grupos de capital de risco e fundos de capital de crescimento, que oferecem retornos promissores acima do mercado de ações mais amplo.
O valor captado em 2017 superou o marco anterior de 414 bilhões de dólares estabelecido em 2007.
No entanto, houve 25 por cento a menos de novos fundos de private equity lançados do que em 2016, com captação de recursos impulsionada pelos chamados mega fundos de aquisição, que segundo a Preqin têm ativos de ao menos 4,5 bilhões de dólares.
O maior do setor, de 24,6 bilhões de dólares, foi do Fundo de Investimento IX da APOLLO Global Management.
"Os preços de entrada para os ativos permanecem muito altos, e com tanto capital disponível concorrendo para negócios, isso só aumentará o desafio para os gestores de fundos que buscam investir capital em 2018", escreveu um analista da Preqin.
Mas David Rubenstein, co-fundador e co-presidente-executivo do Carlyle, uma das maiores empresas de private equity, expressou confiança sobre a capacidade da indústria em aplicar esse dinheiro.
Sua confiança decorre do que ele descreveu como a vontade dos investidores de aceitar retornos ao redor de 15 por cento em vez de pelo menos 20 por cento no passado.
As empresas de private equity também estão mostrando um apetite crescente por assumir posições não controladoras nas empresas, o que amplia o campo de possíveis investimentos.
Além disso, Rubenstein disse que as empresas estão fazendo mais investimentos fora dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que se concentram em melhorar o desempenho operacional das empresas do portfólio, o que deverá aumentar seu valor de revenda.
(Por Joshua Franklin)