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Focus: Mercado vê produção industrial maior e eleva Selic para 2019

Cenário ainda não incorporou o resultado das eleições presidenciais, que mostra Jair Bolsonaro como presidente eleito

Focus: mercado elevou as perspectivas para a produção industrial neste ano (Marcello Casal jr/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 29 de outubro de 2018 às 09h49.

São Paulo - O mercado elevou as perspectivas para a produção industrial neste ano e no próximo enquanto os economistas que mais acertam as projeções na pesquisa Focus do Banco Central voltaram a elevar a conta para a taxa básica de juros em 2019, em cenário que ainda não incorporou o resultado das eleições presidenciais.

A pesquisa divulgada nesta segunda-feira mostrou que agora a expectativa é de um crescimento da produção industrial de 2,71 por cento em 2018 e de 3,14 por cento em 2019, ante 2,67 e 3 por cento respectivamente antes.

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Com isso, as contas para o PIB foram ajustadas para cima a 1,36 por cento e 2,50 por cento, altas respectivamente de 0,02 e 0,01 ponto percentual.

O levantamento ainda não levou em consideração o resultado da eleição presidencial em que Jair Bolsonaro (PSL) saiu vitorioso, dado que foi fechado na sexta-feira. O capitão da reserva do Exército, de 63 anos, foi eleito no domingo presidente da República e em seu primeiro pronunciamento prometeu respeitar a Constituição, fazer um governo democrático e unificar o Brasil.

Para a inflação, a projeção de 2018 passou a 4,43 por cento, de 4,44 por cento, enquanto que para 2019 permaneceu em 4,22 por cento.

O centro da meta oficial para este ano é de 4,50 por cento e, para 2019, de 4,25 por cento. A margem de tolerância para ambos os anos é de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

No Focus, a perspectiva para o dólar este ano caiu a 3,71 reais, de 3,75 dólar no levantamento anterior, mas para o ano que vem continuou em 3,80 reais.

O levantamento semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que não mudou a perspectiva de que a Selic terminará este ano a 6,5 por cento e 2019 a 8 por cento. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também continua vendo a taxa básica a 6,5 por cento este ano, mas para o próximo elevou a estimativa a 7,88 por cento na mediana das projeções, de 7,75 por cento antes.

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