FMI reduz previsão de crescimento para o Brasil em 2011
Previsão de expansão do país caiu de 4,5% divulgado em janeiro para 4,1%
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2011 às 13h56.
São Paulo - O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo o crescimento do Brasil em 2011, para 4,1%, contra 4,5% previstos em janeiro, e lançou uma advertência em relação ao perigo de um superaquecimento econômico, ao apresentar nesta sexta-feira, em São Paulo, uma atualização de seu relatório de previsões econômicas mundiais.
Com isso, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro este ano será bem inferior ao registrado em 2010, quando o país cresceu 7,5%, e em 2012 deverá ser ainda mais reduzido (3,6%).
A revisão também prevê um crescimento para o Brasil abaixo da média mundial, de 4,3%.
Em relação às outras nações latino-americanas, a taxa de crescimento econômico do país pode ser considerada apenas mediana, ficando abaixo das previsões para os principais países da região, como Colômbia (4,6%), México (4,7%), Argentina (6,0%), Chile (6,2%) e Peru (6,6%).
O crescimento brasileiro acompanha a tendência econômica dos últimos anos indicada pelo Fundo na América do Sul, "onde os preços das commodities, as condições favoráveis ao financiamento externo e as políticas macroeconômicas flexíveis estimularam a demanda doméstica", ressaltou o Fundo.
Mas exatamente essa grande demanda interna já gera sinais de alerta: começam a ser registrados sinais de superaquecimento, como o aumento da inflação e dos preços dos bens e maiores déficits das contas correntes.
"Algumas economias emergentes estão claramente enfrentando o risco de superaquecimento", frisou o conselheiro econômico do FMI, Olivier Blanchard.
A tensão inflacionária tem sido uma das principais preocupações das autoridades econômicas brasileiras, que vêm efetuando aumentos da taxa básica de juros (Selic), hoje em 12,25%.
Para o futuro, o FMI pediu aos países da América Latina e do Caribe uma redução dos gastos governamentais, que colocam um peso excessivo sobre as políticas monetárias, no momento em que entram grandes fluxos de capitais e as moedas dos países se valorizam.
Reforçar as medidas macroeconômicas prudentes e usar controles de capital para melhorar a força dos sistemas financeiros é outra recomendação do Fundo.
Para o conjunto da América Latina e Caribe, o FMI também revisou levemente em baixa suas previsões de crescimento em 2011 a 4,6% (4,7% em abril) e insistiu que o aumento da demanda doméstica pode levar a um superaquecimento econômico, principalmente na América do Sul.
Entre os demais países, o México crescerá 4,7% (4,6% previsto em abril).
O crescimento da Argentina será de 6,0%, do Chile, de 6,2%; e da Colômbia, de 4,6%, segundo as previsões.
A região se recuperou "rápida e solidamente" da crise mundial e cresceu 6% em 2010, segundo o FMI.
Estas são as previsões econômicas para a América Latina e o Caribe do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2011 e 2012, publicadas nesta sexta-feira.
Entre parênteses, as variações em relação a abril.
Crescimento do Produto Interno Bruto:
- 2011 2012
América Latina e Caribe 4,6% (4,7%) 4,1%
Argentina 6,0% (6,0%) 4,6%
Brasil 4,1% (4,5%) 3,6%
Chile 6,2% (5,9%) 5,0%
Colômbia 4,6% (4,6%) 4,5%
México 4,7% (4,6%) 4,0%
Peru 6,6% (7,5%) 5,9%
Venezuela 3,3% (1,8%) 3,9%
América Central 4,4% (4,0%) 4,5%
Caribe 2,7% (4,2%) 3,5%.
São Paulo - O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo o crescimento do Brasil em 2011, para 4,1%, contra 4,5% previstos em janeiro, e lançou uma advertência em relação ao perigo de um superaquecimento econômico, ao apresentar nesta sexta-feira, em São Paulo, uma atualização de seu relatório de previsões econômicas mundiais.
Com isso, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro este ano será bem inferior ao registrado em 2010, quando o país cresceu 7,5%, e em 2012 deverá ser ainda mais reduzido (3,6%).
A revisão também prevê um crescimento para o Brasil abaixo da média mundial, de 4,3%.
Em relação às outras nações latino-americanas, a taxa de crescimento econômico do país pode ser considerada apenas mediana, ficando abaixo das previsões para os principais países da região, como Colômbia (4,6%), México (4,7%), Argentina (6,0%), Chile (6,2%) e Peru (6,6%).
O crescimento brasileiro acompanha a tendência econômica dos últimos anos indicada pelo Fundo na América do Sul, "onde os preços das commodities, as condições favoráveis ao financiamento externo e as políticas macroeconômicas flexíveis estimularam a demanda doméstica", ressaltou o Fundo.
Mas exatamente essa grande demanda interna já gera sinais de alerta: começam a ser registrados sinais de superaquecimento, como o aumento da inflação e dos preços dos bens e maiores déficits das contas correntes.
"Algumas economias emergentes estão claramente enfrentando o risco de superaquecimento", frisou o conselheiro econômico do FMI, Olivier Blanchard.
A tensão inflacionária tem sido uma das principais preocupações das autoridades econômicas brasileiras, que vêm efetuando aumentos da taxa básica de juros (Selic), hoje em 12,25%.
Para o futuro, o FMI pediu aos países da América Latina e do Caribe uma redução dos gastos governamentais, que colocam um peso excessivo sobre as políticas monetárias, no momento em que entram grandes fluxos de capitais e as moedas dos países se valorizam.
Reforçar as medidas macroeconômicas prudentes e usar controles de capital para melhorar a força dos sistemas financeiros é outra recomendação do Fundo.
Para o conjunto da América Latina e Caribe, o FMI também revisou levemente em baixa suas previsões de crescimento em 2011 a 4,6% (4,7% em abril) e insistiu que o aumento da demanda doméstica pode levar a um superaquecimento econômico, principalmente na América do Sul.
Entre os demais países, o México crescerá 4,7% (4,6% previsto em abril).
O crescimento da Argentina será de 6,0%, do Chile, de 6,2%; e da Colômbia, de 4,6%, segundo as previsões.
A região se recuperou "rápida e solidamente" da crise mundial e cresceu 6% em 2010, segundo o FMI.
Estas são as previsões econômicas para a América Latina e o Caribe do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2011 e 2012, publicadas nesta sexta-feira.
Entre parênteses, as variações em relação a abril.
Crescimento do Produto Interno Bruto:
- 2011 2012
América Latina e Caribe 4,6% (4,7%) 4,1%
Argentina 6,0% (6,0%) 4,6%
Brasil 4,1% (4,5%) 3,6%
Chile 6,2% (5,9%) 5,0%
Colômbia 4,6% (4,6%) 4,5%
México 4,7% (4,6%) 4,0%
Peru 6,6% (7,5%) 5,9%
Venezuela 3,3% (1,8%) 3,9%
América Central 4,4% (4,0%) 4,5%
Caribe 2,7% (4,2%) 3,5%.