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FMI não é mais o monstro visto na America Latina há 20 anos, diz Lagarde

Christine Lagarde afirmou que o FMI está atento à proteção social e espera que as autoridades dos países sejam as responsáveis pelos programas

FMI: "Os países latino-americanos evoluíram nas últimas duas décadas, é uma região muito mais forte", afirmou Christine Lagarde (Mark Wilson/Getty Images)
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EFE

Publicado em 11 de abril de 2019 às 14h45.

Washington — A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional ( FMI ), Christine Lagarde, disse nesta quinta-feira em entrevista à Agência Efe que a instituição já não é mais o "monstro" que se via na América Latina há 20 anos.

"Não somos esse monstro que às vezes é descrito há duas décadas", afirmou Lagarde ao comentar as difíceis relações históricas entre o FMI e a região, onde o FMI conta atualmente com dois programas econômicos ativos: Argentina e Equador.

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"Ambos mudamos, América Latina e o FMI; os países latino-americanos evoluíram nas últimas duas décadas, é uma região muito mais forte", ressaltou a diretora, que também reconheceu que a instituição também mudou "enormemente".

"Não se deve olhar para o passado, mas sim olhar para o que oferecemos agora. Estamos realmente atentos à proteção social, que as autoridades dos países sejam as responsáveis pelos programas, uma comunicação apropriada do que fazemos. Realmente estamos tentando ajudar", acrescentou.

Em particular, Lagarde destacou o modo no qual o FMI "se alia com os países" e insiste na proteção dos "mais vulneráveis" e em como a instituição tenta "desenhar" os programas "sob medida para os países".

Além dos programas com o Equador e a Argentina, este último o maior da história do FMI, com cerca de US$ 60 bilhões, a organização conta com planos de crédito flexível para o México e a Colômbia.

Em seu relatório de "Perspectivas Econômicas Globais", o FMI rebaixou notavelmente as previsões para a América Latina até 1,4% este ano, 0,6% a menos do que o estimado em janeiro, e até 2,4% em 2020, 0,1% abaixo do projetado há três meses, devido à crise da Venezuela e à retração econômica na Argentina.

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