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FMI: falta de competitividade é maior desafio da França

O executivo anunciará na terça-feira suas primeiras orientações com vistas a "um pacto de competitividade"

As perspectivas de crescimento da França continuam frágeis: o FMI pede também para que o governo "sustente o esforço de consolidação fiscal" (©AFP/File / Saul Loeb)
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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2012 às 15h48.

Paris - A falta de competitividade é "o grande desafio" da economia francesa, e, por isso, são necessárias reformas de envergadura para reativar o emprego e o crescimento, ao mesmo tempo em que é reduzido o gasto público, disse nesta segunda-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI), após uma missão de vigilância.

Justamente nesta segunda-feira, o ex-presidente do grupo europeu EADS, Louis Gallois, entregou ao governo um relatório no qual propõe uma série de medidas para reativar o crescimento na França, atualmente estagnado.

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O executivo anunciará na terça-feira suas primeiras orientações com vistas a "um pacto de competitividade", que combinará uma redução do custo da mão de obra com iniciativas para a inovação.

"As perspectivas de crescimento da França seguem sendo frágeis, como pode ser notado pelas condições econômicas delicadas na Europa, e a capacidade de recuperação da França também se vê comprometida por um problema de competitividade", diz o FMI em seu relatório, após uma missão anual sobre a França.

Essa falta de competitividade "se apresenta como o grande desafio para a estabilidade macroeconômica, o crescimento e a criação de emprego", escreve o Fundo, com sede em Washington.

Segundo o Fundo, essa perda de competitividade poderá ficar mais séria se a economia francesa não se adaptar ao mesmo ritmo que seus principais sócios comerciais na Europa.

O Fundo estima que a reflexão aberta pelo governo de François Hollande sobre a questão é "uma oportunidade única para empreender reformas de envergadura".

O FMI pede também para que o governo "sustente o esforço de consolidação fiscal a médio prazo para reduzir a dívida pública".

Contudo, se a atividade econômica continuar sendo frágil na Eurozona, o organismo multilateral crê que a França e seus sócios "deveriam conjuntamente revisar a velocidade do ajuste orçamentário na região".

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