Cristina Kirchner, presidente da Argentina: o FMI não afirmou o que ocorrerá com o país caso o prazo de 29 de setembro para melhorar seus dados econômicos não seja cumprido (Alejandro Pagni/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2013 às 18h11.
Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI), em sua reprimenda mais dura até hoje, emitiu uma "declaração de censura" contra a Argentina nesta sexta-feira sobre a qualidade de seus dados sobre inflação e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), e concedeu ao país até 29 de setembro para tomar medidas.
O conselho executivo do FMI disse que a Argentina não foi capaz de fazer progresso suficiente para melhorar a precisão dos dados econômicos.
"Consequentemente, o fundo emitiu uma declaração de censura contra a Argentina em conexão com sua quebra de obrigação perante o fundo", disse o órgão em comunicado.
O FMI não disse o que vai acontecer se a Argentina fracassar em cumprir esse prazo.
Analistas veem a medida, que era amplamente aguardada, como algo largamente simbólico, já que a Argentina cortou seus laços de financiamento com o FMI. As relações entre ambos têm deteriorado desde a crise de dívida do país de 2001-2002.