FMI alerta Bush sobre medidas que freiam economia
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou o governo americano sobre a política econômica recessiva instalada nos Estados Unidos. Segundo o fundo, a combinação de déficit fiscal alto e corte nas taxas de juros empurrarão o país cada vez mais fundo no verdadeiro buraco financeiro em que já se encontra. No relatório, o FMI aconselha o […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h56.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou o governo americano sobre a política econômica recessiva instalada nos Estados Unidos. Segundo o fundo, a combinação de déficit fiscal alto e corte nas taxas de juros empurrarão o país cada vez mais fundo no verdadeiro buraco financeiro em que já se encontra.
No relatório, o FMI aconselha o governo de George W.Bush a fazer a lição de casa, equilibrando as finanças públicas em uma combinação de aumento da taxa de juros e cortes nas despesas. Somente dessa forma, alertam os técnicos do fundo, o orçamento dos Estados Unidos voltará a ser sustentável.
A despeito das advertências do FMI, o secretário do Tesouro americano, John Snow, voltou a defender os cortes nas taxas de juros, afirmando que outra decisão teria desacelerado ainda mais o crescimento da economia.
Como afirma o editorial do jornal britânico Financial Times desta sexta-feira, os conselhos do FMI são encarados pelos EUA como uma verdadeira ofensa. A reação do governo Bush às críticas do FMI foi reafirmar sua meta que, de tantas vezes repetida, já se tornou um mantra: a redução do déficit federal pela metade em cinco anos. Na avaliação da Casa Branca, o crescimento da economia elevará a receita e equilibrará as contas naturalmente. Segundo Snow, os primeiros sinais de melhora surgirão na metade do próximo ano.
O que preocupa, diz o editorial do Financial Times, não é simplesmente o fato de os Estados Unidos registrarem baixo consumo no país, uma fraca demanda no exterior, déficits fiscal e de conta corrente, e ainda as conseqüências fiscais trazidas com o envelhecimento da população. O que perturba é a decisão de Bush em priorizar a redução dos impostos em vez de empregar a receita tributária na transição do seguro social e do Medicare (programa público de saúde).
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