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FMI admite ter sido muito otimista com a Argentina

O Fundo Monetário Internacional (FMI) decidiu revisar os objetivos acertados com países devedores e a maneira como serão cumpridos depois de negociar com a Argentina. Em nota oficial, os diretores do Fundo admitiram ter sido "muito otimistas" ao estimar o índice de crescimento argentino nos anos 90 e nos meses anteriores à suspensão do pagamento […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h01.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) decidiu revisar os objetivos acertados com países devedores e a maneira como serão cumpridos depois de negociar com a Argentina. Em nota oficial, os diretores do Fundo admitiram ter sido "muito otimistas" ao estimar o índice de crescimento argentino nos anos 90 e nos meses anteriores à suspensão do pagamento da dívida, em 2001.

A nota classifica a crise argentina de 2001 e 2002 como "uma das piores de sua história". A diretoria divulgou que "as projeções de crescimento da Argentina feitas pelo FMI e analistas do mercado foram à época muito otimistas, levando a uma visão muito complacente com a perfomance fiscal do país".

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De acordo com a análise, a crise teria acontecido por uma série de fatores, entre os principais deles "o crescente endividamento público e a contínua disposição da comunidade financeira privada em financiar as crescentes necessidades de crédito". O FMI completou que a crise da Argentina foi um "importante aprendizado" para prevenir crises futuras e suas conseqüências.

O organismo aponta algumas lições para a análise da crise, principalmente pelo fato de a dívida "não ter sido alarmante em relação ao tamanho da economia" e a "estabilidade da política fiscal" da época. A paridade de câmbio, que equiparava o peso ao dólar, também pode ter fomentado a crise. "É importante que o regime de câmbio venha apoiado por algumas políticas estruturais e macroeconômicas totalmente consistentes", disse a nota.

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