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Firjan critica ideia de transposição do Paraíba do Sul

"Ao contrário do que tem sido veiculado, a bacia do Paraíba do Sul não apresenta uma situação hídrica confortável", diz nota da entidade

Rio Paraíba do Sul: a Federação das Indústrias do Estado do Rio aponta que na foz do Rio Paraíba do Sul são recorrentes problemas com entrada de água do mar (Hamilton Correa/FAÇA E VENDA)
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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2014 às 15h20.

Brasília - A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) manifestou oficialmente posição contrária à possibilidade de transposição das águas do Rio Paraíba do Sul para abastecer a região metropolitana de São Paulo.

Para a entidade, essa estratégia gerará prejuízos ao estado do Rio de Janeiro, no curto e longo prazos. Diante disso, a federação pede que seja escolhida outra alternativa, com menos impactos negativos.

"Ao contrário do que tem sido veiculado, a bacia do Paraíba do Sul não apresenta uma situação hídrica confortável", menciona a nota da Firjan.

De acordo com a entidade, diversos trechos apresentam redução drástica de suas vazões em períodos secos, como nas regiões de Barra do Piraí (RJ) e São José dos Campos (SP), "quase inviabilizando qualquer uso da água".

A entidade aponta que na foz do Rio Paraíba do Sul são recorrentes os problemas com a entrada de água do mar, pela baixa vazão do rio, afetando atividades como a agricultura e a pecuária.

A Firjan alerta que outro aspecto a ser considerado é a capacidade de regulação e controle de cheias desempenhado pelo conjunto de barragens do trecho fluminense do rio Paraíba do Sul.

"Com isso, diversas regiões, especialmente no sul do estado, ficarão mais suscetíveis a secas e alagamentos, além da redução da geração de energia no complexo Ribeirão das Lajes/Guandu, estimada em 2,4% a 4,1%. Num quadro cada vez mais complexo de oferta e demanda de energia elétrica, esse é outro problema grave", cita a nota.

Para a federação, o cenário piora quando se projeta a evolução da população e da demanda de água no Estado do Rio para os próximos 20 anos.

A Firjan cita dados do Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Rio de Janeiro, indicando que a população nas principais bacias hidrográficas do Estado vai crescer 18%, enquanto a demanda por água para os mais diversos usos, mas especialmente para o abastecimento humano, vai crescer 41% nesse período.

A Firjan adverte que "é preciso considerar que o estudo apresentado pelo Estado de São Paulo aponta nove alternativas de captação de água para a macrometrópole de SP. Aquelas que envolvem o Rio Paraíba do Sul não são nem as mais baratas, nem as que trarão mais água. O Estado do Rio de Janeiro não possui nenhuma alternativa ao Rio Paraíba do Sul. Nem agora, nem nos próximos 20 anos".

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Brasília - A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) manifestou oficialmente posição contrária à possibilidade de transposição das águas do Rio Paraíba do Sul para abastecer a região metropolitana de São Paulo.

Para a entidade, essa estratégia gerará prejuízos ao estado do Rio de Janeiro, no curto e longo prazos. Diante disso, a federação pede que seja escolhida outra alternativa, com menos impactos negativos.

"Ao contrário do que tem sido veiculado, a bacia do Paraíba do Sul não apresenta uma situação hídrica confortável", menciona a nota da Firjan.

De acordo com a entidade, diversos trechos apresentam redução drástica de suas vazões em períodos secos, como nas regiões de Barra do Piraí (RJ) e São José dos Campos (SP), "quase inviabilizando qualquer uso da água".

A entidade aponta que na foz do Rio Paraíba do Sul são recorrentes os problemas com a entrada de água do mar, pela baixa vazão do rio, afetando atividades como a agricultura e a pecuária.

A Firjan alerta que outro aspecto a ser considerado é a capacidade de regulação e controle de cheias desempenhado pelo conjunto de barragens do trecho fluminense do rio Paraíba do Sul.

"Com isso, diversas regiões, especialmente no sul do estado, ficarão mais suscetíveis a secas e alagamentos, além da redução da geração de energia no complexo Ribeirão das Lajes/Guandu, estimada em 2,4% a 4,1%. Num quadro cada vez mais complexo de oferta e demanda de energia elétrica, esse é outro problema grave", cita a nota.

Para a federação, o cenário piora quando se projeta a evolução da população e da demanda de água no Estado do Rio para os próximos 20 anos.

A Firjan cita dados do Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Rio de Janeiro, indicando que a população nas principais bacias hidrográficas do Estado vai crescer 18%, enquanto a demanda por água para os mais diversos usos, mas especialmente para o abastecimento humano, vai crescer 41% nesse período.

A Firjan adverte que "é preciso considerar que o estudo apresentado pelo Estado de São Paulo aponta nove alternativas de captação de água para a macrometrópole de SP. Aquelas que envolvem o Rio Paraíba do Sul não são nem as mais baratas, nem as que trarão mais água. O Estado do Rio de Janeiro não possui nenhuma alternativa ao Rio Paraíba do Sul. Nem agora, nem nos próximos 20 anos".

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