FGV reduz de 0,40% para 0,20% projeção para IPC-S de agosto
Nesta segunda-feira, a FGV divulgou que o IPC-S registrou na segunda quadrissemana de agosto uma taxa de inflação de 0,36%
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2015 às 15h43.
São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal ( IPC- S), Paulo Picchetti, reduziu nesta segunda-feira, 17, de 0,40% para 0,20% a projeção para a inflação de agosto captada pelo indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, ele disse que a modificação na estimativa está ligada ao processo de desaceleração que está sendo puxado pelos principais grupos do índice: a Alimentação e a Habitação.
Nesta segunda-feira, a FGV divulgou que o IPC-S registrou na segunda quadrissemana de agosto uma taxa de inflação de 0,36%, o que representou uma desaceleração de 0,17 ponto porcentual ante o resultado da primeira leitura do mês.
Na abertura por grupos, a alta da Habitação passou de 0,91% para 0,61% e a da Alimentação passou de 0,75% para 0,26%.
"Surpreendeu", disse Picchetti, referindo-se especificamente ao comportamento da Alimentação e, mais precisamente, à parte de Hortaliças e Legumes, que apresentou queda de 4,20% na segunda quadrissemana de agosto ante alta de 0,88% na primeira medição do mês.
"A desaceleração neste segmento foi muito forte e estava mais do que na hora", opinou, lembrando que este comportamento era esperado para acontecer bem antes do mês de agosto, em virtude da sazonalidade favorável que costuma trazer alívio nos preços de alimentos in natura nos meses de junho e julho.
Na Habitação, o item tarifa de eletricidade residencial apresentou alta de 1,89% na segunda quadrissemana de agosto, ante avanço de 3,48% na primeira leitura do mês.
Segundo Picchetti, é natural que, depois de ter afetado bastante o resultado da inflação de julho (quando foi autorizado o ajuste nas tarifas de energia elétrica da Eletropaulo), a variação positiva do item perca gradualmente a força e influencie menos a inflação do mês atual.
Conforme os cálculos do coordenador do IPC-S, o movimento de Hortaliças e Legumes representou 0,07 ponto porcentual da desaceleração geral de 0,17 ponto porcentual do indicador entre a primeira e a segunda medições de agosto.
Quanto à energia elétrica, o item respondeu 0,06 ponto porcentual do mesmo processo de alta menor do indicador no período.
Picchetti destacou que, em Hortaliças e Legumes, chamou a atenção os comportamentos dos itens batata-inglesa, cuja queda passou de 4,65% para 14,39% entre a primeira quadrissemana e a segunda medição de agosto; tomate, que saiu de uma baixa de 1,71% para um declínio de 9,89%; e cebola, cuja alta diminuiu, de 6,71% para 1,42%.
De acordo com ele, as pesquisas de ponta (levantamentos mais recentes) da FGV, indicam que o processo de alívio nestes itens vai continuar.
"Na ponta, a batata cai mais de 25%. O tomate cai perto de 20%. E a cebola recuo em torno de 10%", adiantou.
Conforme o coordenador do IPC-S, enquanto há um processo de desaceleração claro puxado pelos principais grupos do indicador, não há, por outro lado, um item ou grupo vilão capaz de prejudicar este movimento de uma maneira relevante no terreno de altas.
"Nenhum item conta uma história suficientemente forte", avaliou. "A dinâmica do índice está mesmo na mãos desses dois grupos", destacou, referindo-se à Habitação e Alimentação.
São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal ( IPC- S), Paulo Picchetti, reduziu nesta segunda-feira, 17, de 0,40% para 0,20% a projeção para a inflação de agosto captada pelo indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, ele disse que a modificação na estimativa está ligada ao processo de desaceleração que está sendo puxado pelos principais grupos do índice: a Alimentação e a Habitação.
Nesta segunda-feira, a FGV divulgou que o IPC-S registrou na segunda quadrissemana de agosto uma taxa de inflação de 0,36%, o que representou uma desaceleração de 0,17 ponto porcentual ante o resultado da primeira leitura do mês.
Na abertura por grupos, a alta da Habitação passou de 0,91% para 0,61% e a da Alimentação passou de 0,75% para 0,26%.
"Surpreendeu", disse Picchetti, referindo-se especificamente ao comportamento da Alimentação e, mais precisamente, à parte de Hortaliças e Legumes, que apresentou queda de 4,20% na segunda quadrissemana de agosto ante alta de 0,88% na primeira medição do mês.
"A desaceleração neste segmento foi muito forte e estava mais do que na hora", opinou, lembrando que este comportamento era esperado para acontecer bem antes do mês de agosto, em virtude da sazonalidade favorável que costuma trazer alívio nos preços de alimentos in natura nos meses de junho e julho.
Na Habitação, o item tarifa de eletricidade residencial apresentou alta de 1,89% na segunda quadrissemana de agosto, ante avanço de 3,48% na primeira leitura do mês.
Segundo Picchetti, é natural que, depois de ter afetado bastante o resultado da inflação de julho (quando foi autorizado o ajuste nas tarifas de energia elétrica da Eletropaulo), a variação positiva do item perca gradualmente a força e influencie menos a inflação do mês atual.
Conforme os cálculos do coordenador do IPC-S, o movimento de Hortaliças e Legumes representou 0,07 ponto porcentual da desaceleração geral de 0,17 ponto porcentual do indicador entre a primeira e a segunda medições de agosto.
Quanto à energia elétrica, o item respondeu 0,06 ponto porcentual do mesmo processo de alta menor do indicador no período.
Picchetti destacou que, em Hortaliças e Legumes, chamou a atenção os comportamentos dos itens batata-inglesa, cuja queda passou de 4,65% para 14,39% entre a primeira quadrissemana e a segunda medição de agosto; tomate, que saiu de uma baixa de 1,71% para um declínio de 9,89%; e cebola, cuja alta diminuiu, de 6,71% para 1,42%.
De acordo com ele, as pesquisas de ponta (levantamentos mais recentes) da FGV, indicam que o processo de alívio nestes itens vai continuar.
"Na ponta, a batata cai mais de 25%. O tomate cai perto de 20%. E a cebola recuo em torno de 10%", adiantou.
Conforme o coordenador do IPC-S, enquanto há um processo de desaceleração claro puxado pelos principais grupos do indicador, não há, por outro lado, um item ou grupo vilão capaz de prejudicar este movimento de uma maneira relevante no terreno de altas.
"Nenhum item conta uma história suficientemente forte", avaliou. "A dinâmica do índice está mesmo na mãos desses dois grupos", destacou, referindo-se à Habitação e Alimentação.