FGV: medida contra valorização do real deve ter efeito limitado
O governo elevou nesta segunda para cinco anos a cobrança de 6% do IOF nas liquidações de operações de câmbio para ingresso de recursos no país
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2012 às 12h41.
Rio de Janeiro – A nova medida do governo federal para conter a valorização do real ante o dólar é positiva mas não deve surtir grande efeito, segundo Armando Castelar, pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV). Decreto publicado hoje (12) no Diário Oficial da União eleva de três para cinco anos a cobrança de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras ( IOF ) nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir dessa data, para ingresso de recursos no país (empréstimos externos).
Com a medida, o dinheiro externo precisará ficar cinco anos no Brasil para evitar a taxação de 6% do IOF. No dia 1º, o governo já tinha elevado o prazo, de dois para três anos, depois de, em 2011, ter aumentado de um para dois anos.
“A medida, em si, de aumentar o prazo para incidência de IOF contribui, no sentido em que penaliza um pouco a entrada de capitais de prazo mais curto e em que torna a aplicação menos líquida, mas eu entendo que o efeito efetivo será pequeno. As empresas acabam entrando com esse dinheiro na forma de investimento direto ou fazendo operações que deem alguma triangulação”, disse.
Castelar também acredita que a medida surtirá pouco efeito porque “as condições de liquidez internacional ajudam a entrada de capitais [no Brasil] e colocam mais pressão no sentido de que o real se torne uma moeda mais forte”.
Segundo o pesquisador, a medida do governo reflete uma preocupação “correta” de evitar a supervalorização do real ante o dólar, já que isso prejudica as exportações brasileiras e, consequentemente, a indústria nacional.
Rio de Janeiro – A nova medida do governo federal para conter a valorização do real ante o dólar é positiva mas não deve surtir grande efeito, segundo Armando Castelar, pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV). Decreto publicado hoje (12) no Diário Oficial da União eleva de três para cinco anos a cobrança de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras ( IOF ) nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir dessa data, para ingresso de recursos no país (empréstimos externos).
Com a medida, o dinheiro externo precisará ficar cinco anos no Brasil para evitar a taxação de 6% do IOF. No dia 1º, o governo já tinha elevado o prazo, de dois para três anos, depois de, em 2011, ter aumentado de um para dois anos.
“A medida, em si, de aumentar o prazo para incidência de IOF contribui, no sentido em que penaliza um pouco a entrada de capitais de prazo mais curto e em que torna a aplicação menos líquida, mas eu entendo que o efeito efetivo será pequeno. As empresas acabam entrando com esse dinheiro na forma de investimento direto ou fazendo operações que deem alguma triangulação”, disse.
Castelar também acredita que a medida surtirá pouco efeito porque “as condições de liquidez internacional ajudam a entrada de capitais [no Brasil] e colocam mais pressão no sentido de que o real se torne uma moeda mais forte”.
Segundo o pesquisador, a medida do governo reflete uma preocupação “correta” de evitar a supervalorização do real ante o dólar, já que isso prejudica as exportações brasileiras e, consequentemente, a indústria nacional.