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Avaliação sobre emprego afeta confiança em novembro, diz FGV

A percepção dos consumidores sobre o emprego no futuro piorou 9,9% em novembro na comparação com outubro, segundo dados da Sondagem do Consumidor deste mês

Carteira de Trabalho: avaliação sobre emprego no momento atual teve oitava deterioração consecutiva (Marcello Casal Jr/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 14h30.

Rio - A preocupação com o emprego é um dos motivos para a avaliação mais negativa dos consumidores sobre a economia, tanto no momento atual quanto no futuro, assim como a inflação mais elevada e o aumento de juros.

Embora esses fatores não façam parte do cálculo do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), eles retratam a realidade por trás da queda de 6,1% na confiança neste mês, ao menor nível desde dezembro de 2008.

A percepção dos consumidores sobre o emprego no futuro piorou 9,9% em novembro na comparação com outubro, segundo dados da Sondagem do Consumidor deste mês.

Foi o recuo mais intenso desde outubro de 2008, no auge da crise, quando a queda foi de 26%.

Já a avaliação sobre o emprego no momento atual teve a oitava deterioração consecutiva, com redução de 7,3%.

"Tivemos o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que registrou o pior outubro da série histórica. Há muitas demissões na indústria, e o próprio Ministério (do Trabalho) justificou esses números com a seca que está acontecendo em São Paulo e o período eleitoral, postergando decisões de investimento", comentou a economista Tabi Thuler Santos, da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Entre os que buscam emprego, destacou, a percepção é de que está mais difícil arranjar uma vaga.

No caso da inflação, a média das respostas dos consumidores para a taxa nos próximos 12 meses passou de 7,6% em outubro para 8,0% em novembro.

"A relação entre inflação e confiança é negativa. O consumidor está mais preocupado com inflação", comentou o economista Aloisio Campelo, superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV.

O salto, segundo ele, deve-se a uma concentração maior de pessoas apostando em números acima de 8%.

Esse grupo de pessoas era 27% do total em outubro, mas passou a 32% em novembro. A sondagem ouve cerca de 2,1 mil consumidores em sete das principais capitais do País.

Por fim, há também uma preocupação em relação à taxa de juros. Em novembro, 71,1% das famílias apostavam em aumento dos juros, contra 52% no mês imediatamente anterior.

Nesse intervalo, o Comitê de Política Monetária (Copom) voltou a elevar a taxa básica Selic, para 11,25% ao ano.

Segundo Campelo, a deterioração da confiança ocorre em todas as faixas de renda, embora nas famílias com rendimentos maiores a piora seja mais acentuada.

Entre as capitais, São Paulo atingiu o mínimo histórico de toda a série, iniciada em setembro de 2005.

No Rio, o ICC é o menor desde abril de 2010. Mas, de acordo com Campelo, não há grande diferenciação entre as demais capitais, e todas apresentam comportamento negativo.

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Rio - A preocupação com o emprego é um dos motivos para a avaliação mais negativa dos consumidores sobre a economia, tanto no momento atual quanto no futuro, assim como a inflação mais elevada e o aumento de juros.

Embora esses fatores não façam parte do cálculo do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), eles retratam a realidade por trás da queda de 6,1% na confiança neste mês, ao menor nível desde dezembro de 2008.

A percepção dos consumidores sobre o emprego no futuro piorou 9,9% em novembro na comparação com outubro, segundo dados da Sondagem do Consumidor deste mês.

Foi o recuo mais intenso desde outubro de 2008, no auge da crise, quando a queda foi de 26%.

Já a avaliação sobre o emprego no momento atual teve a oitava deterioração consecutiva, com redução de 7,3%.

"Tivemos o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que registrou o pior outubro da série histórica. Há muitas demissões na indústria, e o próprio Ministério (do Trabalho) justificou esses números com a seca que está acontecendo em São Paulo e o período eleitoral, postergando decisões de investimento", comentou a economista Tabi Thuler Santos, da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Entre os que buscam emprego, destacou, a percepção é de que está mais difícil arranjar uma vaga.

No caso da inflação, a média das respostas dos consumidores para a taxa nos próximos 12 meses passou de 7,6% em outubro para 8,0% em novembro.

"A relação entre inflação e confiança é negativa. O consumidor está mais preocupado com inflação", comentou o economista Aloisio Campelo, superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV.

O salto, segundo ele, deve-se a uma concentração maior de pessoas apostando em números acima de 8%.

Esse grupo de pessoas era 27% do total em outubro, mas passou a 32% em novembro. A sondagem ouve cerca de 2,1 mil consumidores em sete das principais capitais do País.

Por fim, há também uma preocupação em relação à taxa de juros. Em novembro, 71,1% das famílias apostavam em aumento dos juros, contra 52% no mês imediatamente anterior.

Nesse intervalo, o Comitê de Política Monetária (Copom) voltou a elevar a taxa básica Selic, para 11,25% ao ano.

Segundo Campelo, a deterioração da confiança ocorre em todas as faixas de renda, embora nas famílias com rendimentos maiores a piora seja mais acentuada.

Entre as capitais, São Paulo atingiu o mínimo histórico de toda a série, iniciada em setembro de 2005.

No Rio, o ICC é o menor desde abril de 2010. Mas, de acordo com Campelo, não há grande diferenciação entre as demais capitais, e todas apresentam comportamento negativo.

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