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Problema da dívida a longo prazo não foi resolvido, diz Fed

"O déficit do governo federal e a porcentagem da dívida em relação ao PIB começarão a crescer na segunda metade desta década", disse o chefe do Fed

Ben Bernanke do Federal Reserve: segundo as previsões atuais do Fundo Monetário Internacional (FMI), o crescimento econômico nos Estados Unidos poderia desacelerar a 2,0% este ano. (REUTERS/Sergei Karpukhin)
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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 17h21.

A questão do endividamento crescente dos Estados Unidos e da viabilidade da dívida do governo federal a longo prazo ainda não foi solucionada, declarou nesta sexta-feira o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central), Ben Bernanke, em Washington.

"Apesar dos avanços para reduzir o déficit fiscal a curto prazo, o difícil processo que permitirá abordar os desequilíbrios a longo prazo apenas começou", disse Bernanke durante uma audiência na Comissão de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados.

"O déficit do governo federal e a porcentagem da dívida em relação ao PIB começarão a crescer na segunda metade desta década, em grande parte pelo efeito do envelhecimento da população e o rápido aumento dos custos de saúde", disse o chefe do Fed.

"A fim de favorecer o crescimento econômico a longo prazo e de assegurar a manutenção da estabilidade econômica e financeira, os responsáveis pela política orçamentária deverão reduzir o orçamento do governo federal no caminho da viabilidade a longo prazo, que começa com a estabilização da taxa da dívida com relação ao PBI", acrescentou.

Como aconteceu ontem na Comissão de Finanças do Senado, o presidente do Fed lamentou que os esforços para a redução do déficit tenham se concentrado nas "modificações orçamentárias a curto prazo que, em conjunto, poderiam trazer um forte vento contrário à recuperação econômica".

Segundo Bernanke, o acordo orçamentário do começo do ano - que supõe um aumento dos impostos para os mais ricos, mas também um aumento generalizado das contribuições sociais salariais - e as reduções automáticas do gasto público que entrarão em vigor na sexta-feira, reduzirão o crescimento em 1,5 ponto do PBI este ano.


Como consequência da incapacidade dos republicanos e os democratas para entrar em acordo sobre um plano de redução do déficit e da dívida no longo prazo, o país perderá 0,6 pontos do crescimento do PBI pelos cortes automáticos este ano, disse Bernanke.

Segundo as previsões atuais do Fundo Monetário Internacional (FMI), o crescimento econômico nos Estados Unidos - que oficialmente alcançou 2,2% em 2012 - poderia desacelerar a 2,0% este ano.

O organismo internacional prevê que a dívida do governo federal representará 111,7% do PBI em 2013, ou 4,5 pontos a mais que em 2011 e se elevaria a 114,0% em 2017, último ano das previsões.

O presidente do Fed deu aos representantes o mesmo conselho que aos senadores no dia anterior: "O Congresso e o governo deveriam considerar a substituição dos bruscos cortes" previstos para o dia 1° de março por "uma política que reduza o déficit do governo federal gradualmente no curto prazo, mas com mais força no longo prazo".

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"Apesar dos avanços para reduzir o déficit fiscal a curto prazo, o difícil processo que permitirá abordar os desequilíbrios a longo prazo apenas começou", disse Bernanke durante uma audiência na Comissão de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados.

"O déficit do governo federal e a porcentagem da dívida em relação ao PIB começarão a crescer na segunda metade desta década, em grande parte pelo efeito do envelhecimento da população e o rápido aumento dos custos de saúde", disse o chefe do Fed.

"A fim de favorecer o crescimento econômico a longo prazo e de assegurar a manutenção da estabilidade econômica e financeira, os responsáveis pela política orçamentária deverão reduzir o orçamento do governo federal no caminho da viabilidade a longo prazo, que começa com a estabilização da taxa da dívida com relação ao PBI", acrescentou.

Como aconteceu ontem na Comissão de Finanças do Senado, o presidente do Fed lamentou que os esforços para a redução do déficit tenham se concentrado nas "modificações orçamentárias a curto prazo que, em conjunto, poderiam trazer um forte vento contrário à recuperação econômica".

Segundo Bernanke, o acordo orçamentário do começo do ano - que supõe um aumento dos impostos para os mais ricos, mas também um aumento generalizado das contribuições sociais salariais - e as reduções automáticas do gasto público que entrarão em vigor na sexta-feira, reduzirão o crescimento em 1,5 ponto do PBI este ano.


Como consequência da incapacidade dos republicanos e os democratas para entrar em acordo sobre um plano de redução do déficit e da dívida no longo prazo, o país perderá 0,6 pontos do crescimento do PBI pelos cortes automáticos este ano, disse Bernanke.

Segundo as previsões atuais do Fundo Monetário Internacional (FMI), o crescimento econômico nos Estados Unidos - que oficialmente alcançou 2,2% em 2012 - poderia desacelerar a 2,0% este ano.

O organismo internacional prevê que a dívida do governo federal representará 111,7% do PBI em 2013, ou 4,5 pontos a mais que em 2011 e se elevaria a 114,0% em 2017, último ano das previsões.

O presidente do Fed deu aos representantes o mesmo conselho que aos senadores no dia anterior: "O Congresso e o governo deveriam considerar a substituição dos bruscos cortes" previstos para o dia 1° de março por "uma política que reduza o déficit do governo federal gradualmente no curto prazo, mas com mais força no longo prazo".

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