Exame Logo

Fed deve manter juros inalterados nos EUA até o fim do ano com pressões inflacionárias, prevê Itaú

Em relatório aos clientes, o Itaú Unibanco informou que a atividade e inflação desaceleraram na maior economia do mundo, mas patamares ainda elevados não justificam corte de juros muito antes do fim do ano

Sede do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos (EXAME/Exame)
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 11 de junho de 2024 às 15h52.

Última atualização em 12 de junho de 2024 às 09h07.

O Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, se reúne nesta quarta-feira, 12, e deve manter os juros inalterados. Mesmo com a desaceleração da atividade econômica e da inflação, o corte da taxa não deve ocorrer porque indicadores ainda permanecem em patamares elevados.

Em relatório aos clientes, o Itaú Unibanco informou que o crescimento do PIB no 1º trimestre dos Estados Unidos desacelerou para 1,3% na variação trimestral anualizada, mas a demanda doméstica segue saudável. O PIB do primeiro trimestre foi revisado para baixo (de 3,4% no trimestre anterior), com crescimento de 2,0% do consumo (de 3,0% no trimestre anterior) e contribuição negativa do setor externo e estoques.

Veja também

“Apesar da desaceleração nos dados de atividade em abril, ainda esperamos que o crescimento apresente ritmo anualizado robusto entre 2,0 e 2,5% à frente, suportado pela demanda doméstica, que ainda apresenta fundamentos favoráveis”, informou o banco privado.

Além disso, o emprego segue em patamares elevados com o ritmo mensal de criação de vagas, segundo diversas métricas, entre 150 mil e 250 mil postos criados. Além disso, como os salários crescem em termos reais, a massa salarial deve continuar impulsionando o consumo das famílias à frente, informou o Itaú.

A inflação moderou em abril, mas seu nível ainda é elevado, apontando para uma lenta convergência.

“Esperamos que a inflação modere à frente, mas que os núcleos de inflação na comparação interanual desacelerem para abaixo de 3%, no caso do Core PCE, e abaixo de 3,5%, no caso do Core CPI, apenas ao final do ano, devido a persistência da inflação de Serviços. Continuamos esperando apenas um corte de juros esse ano, em dezembro”, informou o banco privado.

Segundo o relatório, o Fed ainda precisa observar uma sequência de dados que configure desaceleração de inflação para ter confiança em iniciar o ciclo de cortes.

“Como esperamos que a atividade se manterá sólida e que a inflação desacelere lentamente, avaliamos que o comitê deve aguardar até dezembro para implementar o primeiro corte de juros”, projetou o Itaú.

Acompanhe tudo sobre:EconomiaFed – Federal Reserve System

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame