Economia

Faturamento do varejo cai pela 3ª vez, diz FecomercioSP

O comércio reduziu a expansão nos cinco primeiros meses do ano para 1,5%, ante 2,5% de crescimento registrado até abril deste ano


	Comércio: o melhor desempenho foi dos supermercados
 (Dado Galdieri / Bloomberg)

Comércio: o melhor desempenho foi dos supermercados (Dado Galdieri / Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 16h22.

São Paulo - O comércio varejista do estado de São Paulo registrou, pela terceira vez seguida, queda no faturamento mensal na comparação com igual mês do ano anterior.

De acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz), o setor faturou R$ 43,2 bilhões em maio, 2% a menos do que o apurado no mesmo mês de 2013.

Com o resultado, o comércio reduziu a expansão nos cinco primeiros meses do ano para 1,5%, ante 2,5% de crescimento registrado até abril deste ano.

O recuo no faturamento foi puxado pelo resultado negativo na receita de vendas em três dos dez setores pesquisados.

Conforme o levantamento, o mais significativo deles, em razão da relevância do segmento para o comércio geral, foi registrado pelas concessionárias de veículos, que faturaram R$ 5,9 bilhões, recuo de 16%.

O setor de lojas de materiais de construção também apresentou recuo na receita de vendas, de 9,3%, ao faturar R$ 3,2 bilhões.

A maior diminuição porcentual, contudo, foi no segmento das lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, que somaram faturamento de R$ 2,3 bilhões em maio, queda de 23,6%.

Outros seis segmentos apresentaram resultado positivo, o que ajudou a segurar uma redução maior da receita de vendas em geral.

O melhor desempenho foi dos supermercados, que conseguiram faturar R$ 12,5 bilhões em maio, crescimento de 2,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Em segundo lugar, aparecem as lojas de vestuário, tecidos e calçados, com R$ 4,3 bilhões (alta de 1,1%), seguidas por farmácias e perfumarias, com R$ 2,7 bilhões (8,6%), e lojas de departamentos, com R$ 1,9 bilhão (2,1%).

Varejistas da área de autopeças e acessórios somaram receita de R$ 810 milhões (3,1%). Já lojas de móveis e decoração faturaram R$ 639 milhões (1,6%).

As demais atividades do comércio em geral, com destaque para os postos de combustíveis, registraram aumento de 7,2%, atingindo R$ 9 bilhões, segundo a FecomercioSP.

A pesquisa da entidade mostra que, das 16 regiões analisadas, 9 apontaram altas ou relativas estabilidades na comparação anual.

A maior variação positiva, de 6,6%, ficou com os comerciantes das regiões de Marília e Jundiaí, cujas receitas foram de R$ 839,5 milhões e R$ 2,5 bilhões, respectivamente.

Já os piores desempenhos foram registrados na região de Guarulhos (-9,4%) e no ABCD (-9,3%). O varejo da capital paulista também apresentou queda, de 4,5%, ao faturar R$ 13,4 bilhões.

Economistas da FecomercioSP avaliam que a terceira queda seguida no faturamento define "claramente" a difícil situação enfrentada pelos comerciantes paulistas desde fevereiro.

Eles lembram que até o Dia das Mães e o Dia dos Namorados foram prejudicados pela "tendência de freio de consumo da população".

"Sem sinais de que o cenário econômico brasileiro melhore em curto prazo, também não existem boas perspectivas para o restante do ano", destacam os analistas em nota à imprensa, afirmando que novas reduções no faturamento são esperadas para as próximas edições da pesquisa.

Acompanhe tudo sobre:ComércioFaturamentogestao-de-negociosResultadoVarejo

Mais de Economia

G20 se compromete a 'cooperar' para taxar grandes fortunas

Olimpíada de 2024 pode movimentar até 11 bilhões de euros, diz estudo

Aneel aciona bandeira verde e conta de luz deixará de ter cobrança extra em agosto

Governo prevê espaço extra de R$ 54,9 bi para gastos em 2025

Mais na Exame