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Famílias cortam bens de supermercado não essenciais

Em função do corte, as vendas de hipermercados, supermercados e produtos alimentícios cederam 2,2% em março, em relação a fevereiro

Supermercado: além do menor avanço da renda e do crédito, a inflação elevada também contribui para a queda das vendas (Leo Caldas/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2015 às 12h15.

Rio de Janeiro - Diante do orçamento mais comprometido e do menor avanço da renda, os consumidores estão pensando duas vezes antes de fazer a lista de supermercado . Bens que não são essenciais estão sendo limados do roteiro de compras, o que tem provocado baixa nas vendas do setor.

"As famílias estão cortando os bens que não são essenciais da lista de supermercado. É a primeira coisa que se faz quando se está com restrição orçamentária", comentou Juliana Paiva Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em março, as vendas de hipermercados, supermercados e produtos alimentícios cederam 2,2% em relação a fevereiro. Na comparação com igual mês de 2014, o recuo foi de 2,4%, segundo o IBGE.

Além do menor avanço da renda, outros fatores têm afetado a decisão de compras das famílias brasileiras. "Há um arrefecimento do consumo de forma geral, mas algumas atividades têm sido mais impactadas do que outras. O crédito está crescendo menos, assim como a renda, e a inflação está elevada", disse Juliana.

Segundo a gerente, um dos setores mais afetados pelo crédito é o de veículos, cujas vendas cederam 4,6% em março ante fevereiro.

"O segmento vinha recebendo muitos incentivos do governo para as vendas, e agora há redução do ritmo bem clara. Com a retirada do desconto no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), a conjuntura econômica desfavorável, a restrição ao crédito e a menor renda, é normal que as famílias coloquem o pé no freio no consumo desse bem", afirmou.

Juliana apontou que o avanço do crédito com recursos livres desacelerou de 6,5% nos 12 meses até março do ano passado para 5,2% nos 12 meses até março deste ano, de acordo com dados do Banco Central. "Isso provoca redução de consumo de veículos e móveis e eletrodomésticos", disse. Em março, as vendas de móveis e eletrodomésticos cederam 3,0% em relação a fevereiro.

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Rio de Janeiro - Diante do orçamento mais comprometido e do menor avanço da renda, os consumidores estão pensando duas vezes antes de fazer a lista de supermercado . Bens que não são essenciais estão sendo limados do roteiro de compras, o que tem provocado baixa nas vendas do setor.

"As famílias estão cortando os bens que não são essenciais da lista de supermercado. É a primeira coisa que se faz quando se está com restrição orçamentária", comentou Juliana Paiva Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em março, as vendas de hipermercados, supermercados e produtos alimentícios cederam 2,2% em relação a fevereiro. Na comparação com igual mês de 2014, o recuo foi de 2,4%, segundo o IBGE.

Além do menor avanço da renda, outros fatores têm afetado a decisão de compras das famílias brasileiras. "Há um arrefecimento do consumo de forma geral, mas algumas atividades têm sido mais impactadas do que outras. O crédito está crescendo menos, assim como a renda, e a inflação está elevada", disse Juliana.

Segundo a gerente, um dos setores mais afetados pelo crédito é o de veículos, cujas vendas cederam 4,6% em março ante fevereiro.

"O segmento vinha recebendo muitos incentivos do governo para as vendas, e agora há redução do ritmo bem clara. Com a retirada do desconto no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), a conjuntura econômica desfavorável, a restrição ao crédito e a menor renda, é normal que as famílias coloquem o pé no freio no consumo desse bem", afirmou.

Juliana apontou que o avanço do crédito com recursos livres desacelerou de 6,5% nos 12 meses até março do ano passado para 5,2% nos 12 meses até março deste ano, de acordo com dados do Banco Central. "Isso provoca redução de consumo de veículos e móveis e eletrodomésticos", disse. Em março, as vendas de móveis e eletrodomésticos cederam 3,0% em relação a fevereiro.

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