Exportações para países árabes crescem apesar de instabilidade
Exportações brasileiras para a região cresceram mais de 40% em 2011, mas caiu para os países que enfrentam conflitos
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2011 às 17h56.
São Paulo - Os conflitos políticos e sociais que atingem parte dos países árabes não chegaram a causar impacto nas trocas de mercadorias com o Brasil. Os países que ainda não vivenciaram a onda de protestos contra os governantes mantiveram as encomendas em alta, principalmente, as de alimentos.
De janeiro a abril deste ano, as exportações brasileiras para membros da Liga Árabe, formada por 22 países (incluindo a Líbia, que está suspensa temporariamente por causa dos conflitos internos), aumentaram 44,78%, com volume financeiro de US$ 4,08 bilhões. Considerando apenas os embarques para países sob levante popular, como Iraque, Jordânia, Líbia e Síria, a queda é de 2,1%.
“A tendência é manter esse comércio em alta, principalmente, na área de alimentos, de infraestrutura, de equipamentos médicos e de investimentos na construção civil”, estimou o diretor da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby. Só na área de alimentos, os países árabes importam, anualmente, cerca de US$ 80 bilhões.
Alaby lembrou que, há 11 anos, vem sendo registrados números crescentes nas relações comerciais entre o Brasil e as nações árabes. Esse comércio cresceu mais de seis vezes entre 2000 e 2010, passando de US$ 3 bilhões para US$ 20 bilhões.
Embora lamente a intranquilidade social gerada pelos conflitos populares, o executivo reconhece que essa situação acaba resultando em oportunidades de investimentos na reconstruções das cidades. Ele informou que, como resultado de um plebiscito feito em fevereiro, o Sudão será dividido em duas nações (Sudão do Norte e Sudão do Sul) a partir de julho. A cisão implicará em grandes investimentos em infraestrutura, como a construção de pontes, estradas e gasodutos com recursos do governo sudanês e empréstimos do Banco Mundial (Bird) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Na avaliação de Alaby, será uma boa oportunidade para aumentar a presença de investidores brasileiros no Norte da África e Oriente Médio. De acordo com ele, além da área de infraestrutura, a região tem condições favoráveis para atrair investimentos em agronegócio, pois já conta com sistema de irrigação importado do Brasil e a participação bem-sucedida de produtores de algodão brasileiros.
No ano passado, a economia do Sudão cresceu 5,2% mas, a exemplo do que ocorre no restante do mundo, o crescimento previsto para este ano é mais moderado, de 4,1%.
São Paulo - Os conflitos políticos e sociais que atingem parte dos países árabes não chegaram a causar impacto nas trocas de mercadorias com o Brasil. Os países que ainda não vivenciaram a onda de protestos contra os governantes mantiveram as encomendas em alta, principalmente, as de alimentos.
De janeiro a abril deste ano, as exportações brasileiras para membros da Liga Árabe, formada por 22 países (incluindo a Líbia, que está suspensa temporariamente por causa dos conflitos internos), aumentaram 44,78%, com volume financeiro de US$ 4,08 bilhões. Considerando apenas os embarques para países sob levante popular, como Iraque, Jordânia, Líbia e Síria, a queda é de 2,1%.
“A tendência é manter esse comércio em alta, principalmente, na área de alimentos, de infraestrutura, de equipamentos médicos e de investimentos na construção civil”, estimou o diretor da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby. Só na área de alimentos, os países árabes importam, anualmente, cerca de US$ 80 bilhões.
Alaby lembrou que, há 11 anos, vem sendo registrados números crescentes nas relações comerciais entre o Brasil e as nações árabes. Esse comércio cresceu mais de seis vezes entre 2000 e 2010, passando de US$ 3 bilhões para US$ 20 bilhões.
Embora lamente a intranquilidade social gerada pelos conflitos populares, o executivo reconhece que essa situação acaba resultando em oportunidades de investimentos na reconstruções das cidades. Ele informou que, como resultado de um plebiscito feito em fevereiro, o Sudão será dividido em duas nações (Sudão do Norte e Sudão do Sul) a partir de julho. A cisão implicará em grandes investimentos em infraestrutura, como a construção de pontes, estradas e gasodutos com recursos do governo sudanês e empréstimos do Banco Mundial (Bird) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Na avaliação de Alaby, será uma boa oportunidade para aumentar a presença de investidores brasileiros no Norte da África e Oriente Médio. De acordo com ele, além da área de infraestrutura, a região tem condições favoráveis para atrair investimentos em agronegócio, pois já conta com sistema de irrigação importado do Brasil e a participação bem-sucedida de produtores de algodão brasileiros.
No ano passado, a economia do Sudão cresceu 5,2% mas, a exemplo do que ocorre no restante do mundo, o crescimento previsto para este ano é mais moderado, de 4,1%.